Marcello Casal Jr. / Arquivo Agência Brasil

O governador do Maranhão, Flávio Dino, declarou desconhecer qualquer descontentamento entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador baiano Rui Costa (PT). O gestor foi entrevistado no programa Isso é Bahia, de A Tarde FM 103.9 e Bahia Notícias, nesta terça-feira (10).

“Sei que pelo governador Rui e o senador Jaques Wagner existe muita unidade no partido em torno ao ex-presidente Lula. Não tenho conhecimento deste nível de crítica interna dentro do PT. Não integro o partido. Considero que é importante levar em conta essa liderança política como uma referência imprescindível”, disse em entrevista aos jornalistas Jefferson Beltrão e Fernando Duarte.

A aproximação de Lula com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi vista como uma maneira do ex-presidente se “vingar” do governador baiano Rui Costa (PT), segundo a coluna Radar, da revista Veja. De acordo com a publicação, o ex-presidente quer o governador maranhense na canoa petista em 2022. A ideia foi lida dentro do petismo como uma provocação ao grupo do partido liderado por Rui Costa.

ENCONTRO COM HUCK
Dino também comentou a polêmica levantada após um encontro com o apresentador Luciano Huck. O governador do Maranhão disse que a conversa não significa aliança política para 2022 e enalteceu o diálogo. “Prefiro dialogar do que ter esses agentes políticos alinhados a um projeto antinacional e antipopular, representado pelo atual presidente da República”, defendeu.

“Está na bíblia. Jesus dizia que quem não está comigo, está contra mim. Ou seja, ou a gente forma uma frente ampla do nosso lado ou todos aqueles que defendem a democracia e a Constituição podem estar no outro lado. Mas isso não significa aliança eleitoral. As eleições de 2022 estão longe e o importante agora é garantir que a eleição exista”, argumentou Dino. por Lucas Arraz