Em campo, a seriedade é uma das marcas de Juninho com a camisa do Bahia. Quando necessário, não se esquiva de estar envolvido em divididas mais duras ou jogadas ríspidas. Porém, a dureza nos gestos é exclusiva para o gramado.

Em casa, perto da família, o comportamento é totalmente diferente. Principalmente quando está em companhia do pequeno Lucca Gabriel. Com um ano e oito meses, o menino sorridente, que já entrou na Arena Fonte Nova nos braços do pai, é o xodó do zagueiro.

– O nome dele é Lucca Gabriel, sou bastante apegado. É meu pequenininho, o único que eu tenho, então é minha vida. Porque ele depende de mim, e eu vou fazer de tudo para poder dar o suporte total a ele – contou o jogador em entrevista ao GloboEsporte.com e TV Bahia.

As brincadeiras ficam restritas ao ambiente familiar. No trabalho, Juninho precisa manter a pose de “xerifão”. Fazer cara feia é uma forma de intimidar os adversários. E a tática tem surtido efeito. Com o defensor entre os titulares, o Bahia passou cinco jogos sem ser vazado, o último deles contra o CSA, no sábado passado.

– Em casa, sou mais divertido. Brinco bastante com meu filho, com minha mulher. Mas aqui a gente procura ser um pouquinho sério, porque é nosso local de trabalho. Então a gente não pode muito ficar dando as pintas, brincando, a gente deixa para brincar dentro de casa.

Juninho foi contratado pelo Bahia durante a pausa no calendário nacional para a realização da Copa América 2019. Antes de desembarcar no Fazendão, ele não tinha atuado em nenhuma partida na temporada. No Tricolor, passou a ser aproveitado. Já são nove partidas, todas na condição de titular.

A sequência de jogos é motivo de alívio para Juninho. Aos 24 anos, ele passou metade deste ano com a sensação de que era subaproveitado, sem ter qualquer chance de atuar pelo Palmeiras, clube que detém os direitos do jogador e o emprestou ao Bahia, com vínculo válido até o fim da temporada.

– O jogador quer estar jogando. Você jogar uma vez por mês, no total do ano, vai jogar, vamos supor, uns dez jogos. Isso é ruim para o jogador de futebol. Estava até pior, porque não tinha feito nenhum jogo no ano. Então chegar aqui e já fazer nove jogos é muito bom para mim, poder estar atuando, estar dando alegria para a minha família. A gente vinha muito triste, porque eu não estava podendo atuar dentro de campo, só treinando, estava sendo muito chato. Nenhum jogador gosta de passar. Estou muito feliz aqui. Agradecer ao Bahia por tudo.

Juninho estará em campo com a camisa do Bahia neste sábado, quando o Tricolor encara o Vasco, às 11h (de Brasília), em São Januário. O jogo é válido pela 18ª rodada da Série A.