Foto: Ricardo Stuckert / PR

Na primeira reunião ministerial do ano convocada por Lula (PT) nesta segunda-feira (18), o presidente avaliou que as ações do governo não estão chegando à população e que, para isso, questionou os ministros em como melhorar a comunicação.

Lula cobrou de todos os ministros a apresentação de um relatório em 48 horas com todas as ações, promessas e medidas anunciadas pelas pastas. O presidente tinha um relatório com tudo o que o governo anunciou e, agora, quer saber em que pé estão as medidas. Houve cobrança do presidente para que todos os ministros falem de todos os assuntos do governo, não apenas dos seus ministérios, e que se atualizem das pautas e ações.

Segundo um integrante da reunião, “o presidente deixou claro que a visão precisa ser de governo como um todo, para que a população possa ter a imagem e a ideia dos feitos do governo”. Ainda, houve uma forte cobrança em uma unidade para a defesa do governo do petista.

Uma pauta que apareceu muito durante a reunião foi da igualdade salarial entre homens e mulheres. O governo aposta no tema para mostrar para a sociedade que o Ministério da Mulher não existe apenas para tratar da pauta de costumes e da questão do aborto, por exemplo.

Sobre os evangélicos, Lula disse que é cobrado para falar com pastores e lideranças evangélicas, algo que já fez no passado. Mas, para ele, o problema não é esse: o governo precisa combater as fake news que impactam esse segmento da população.

Nesse momento, se dirigiu a Jorge Messias, advogado-geral da União, e afirmou: “o Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é”. Sobre popularidade, o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, expôs dados que mostram que houve queda na popularidade de Lula no Nordeste. Avaliou que havia uma grande expectativa no eleitor dessa região, o que não se concretizou.

Quando o assunto foram as eleições municipais, Lula disse que não vai impor nenhuma candidatura nas cidades, mas pediu que os candidatos governistas calibrem os discursos ao se referirem aos adversários para não criar problemas com o Congresso Nacional. Em resumo, pediu moderação. G1