EC Bahia

O trabalho do técnico argentino Diego Dabove do Bahia começou de uma forma que vem incomodando os tricolores no Brasileirão: com derrota. Diante do Fluminense, o Esquadrão caiu por 2×0 e somou o oitavo jogo seguido sem vencer na Série A.

Apesar de mais um tropeço, foi possível observar mudanças no tricolor em relação ao que o novo técnico pretende implantar no clube. Quando chegou ao Bahia, Dabove destacou que uma das suas marcas seria a intensidade. E isso não faltou ao time no Maracanã.

Apesar de ter sofrido o gol ainda no primeiro tempo, o Bahia fez um jogo de muita marcação na primeira etapa, com disputas no meio-campo, mas com poucas chances claras para balançar as redes.

A criação, aliás, vai ser um problema que Dabove terá que resolver na sequência do Brasileirão. Durante o segundo tempo, o Bahia apresentou postura mais agressiva, mantendo a posse de bola no campo de defesa do Fluminense, mas se mostrou um time pouco eficiente.

O tricolor abusou dos passes e cruzamentos errados. Fora a dificuldade para chegar com qualidade em condições de marcar os gols, nas duas melhores chances Luiz Otávio e Juninho Capixaba pararam no travessão.

Um outro ponto que chamou a atenção foi a utilização das opções no banco. O treinador parece ter ficado incomodado com as peças que tem à disposição. Ele fez apenas duas das cinco alterações a que tinha direito. Os atacantes Ruiz e Rodallega foram para o jogo.

Por sinal, a qualidade do elenco não é nenhuma novidade na Cidade Tricolor e é outro problema que vai ter que ser driblado pelo argentino. Diante do Fortaleza, no próximo sábado (4), em Pituaçu, o Bahia não terá Gilberto, suspenso. Rodallega é o mais cotado para ficar com a vaga, mas o treinador tem olhado com carinho para as categorias de base em busca de soluções para as carências.

A defesa também requer cuidados. O setor até foi elogiado pelo treinador e não passou por grandes sustos durante o jogo, mas segue vulnerável. O time vacilou nas duas boas chances que o Fluminense teve. O sistema defensivo do Bahia é agora o mais vazado da Série A, com 30 gols, superando a lanterna Chapecoense, que levou 29.

Diego Dabove ganha agora mais uma semana para juntar os cacos e encarar o trabalho que tem pela frente na tentativa de recolocar o Bahia nos trilhos e evitar uma trágica queda à Série B. (Correio da Bahia)