O policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), faltou nesta sexta (21), ao segundo depoimento no Ministério Público do Rio para explicar a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em sua conta. A Promotoria afirmou que a defesa do PM disse que ele “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento, o que será devidamente comprovado através de laudos”.

 

O Ministério Público afirmou que vai sugerir ao presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT), o comparecimento de Flávio Bolsonaro no dia 10 de janeiro para prestar esclarecimento sobre o caso. Os familiares de Queiroz e outros assessores de Flávio Bolsonaro citados no relatório foram chamados a depor na terça (8).

 

Relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras apontou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 -entre depósitos, saques e transferências. O órgão considerou atípicos os volumes e a forma com que as operações foram feitas. Os dados apontam coincidências entre as datas de pagamento de salários da Alerj, depósitos em espécie na conta de Queiroz e saques em dinheiro pelo policial.

 

Queiroz já havia faltado a depoimento na quarta-feira (19) a depoimento no Ministério Público em razão de “urgência médica”. O Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal da Procuradoria-Geral da Justiça investiga 21 deputados que tiveram o nome citado em relatório do Coaf -entre eles Bolsonaro. De acordo com o MP-RJ, alguns deputados procuraram o órgão para prestar esclarecimentos. Informações do Folhapress