O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, disse em delação premiada que pagou propina e também repassou dinheiro em caixa dois de campanha para José Ticiano Dias Toffoli, ex-prefeito de Marília (interior de SP) pelo PT.

Ticiano é irmão do ministro José Antonio Dias Toffoli, atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), que não é citado por Léo Pinheiro no termo da delação a que a Folha teve acesso.

Além de Ticiano Toffoli, o empreiteiro disse que o sucessor dele na Prefeitura de Marília, o atual deputado estadual paulista eleito Vinicius Camarinha (PSB), também exigiu propina para a OAS e passou a receber as vantagens indevidas assim que assumiu o cargo.

Léo Pinheiro assinou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em janeiro deste ano. O documento agora precisa ser homologado pelo ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

O empreiteiro disse aos procuradores que em 2011 conheceu Ticiano Toffoli num jantar, em Brasília, junto com o então presidente do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília) (…)