O governo do Afeganistão elevou neste domingo para 103 o número de mortos no atentado realizado ontem pelos talibãs com uma “ambulância-bomba” no centro de Cabul. O ministro explicou que entre os feridos há 35 policiais, mas não soube informar quantos agentes morreram no atentado. A área estava movimentada no momento do ataque.

 

Era por volta das 12h45 (horário local), quando ocorreu o ataque. “Os números que temos mostram que, infelizmente, vários feridos que estavam em estado crítico perderam suas vidas. Agora, o número de mortos é 103 e o de feridos, 235”, indicou o ministro do Interior do Afeganistão, Wais Ahmad Barmak, em entrevista coletiva.

 

O chefe da missão da ONU no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, classificou o ataque como uma “atrocidade” e disse que o uso de um veículo médico configura o atentado como uma “violação do direito humanitário internacional”. Uma explosão de uma “ambulância-bomba” na manhã do sábado (27) deixou mortos e vários feridos, de acordo com o Ministério da Saúde afegão segundo informações da Agência EFE.

 

O Talibã reivindicou a autoria deste atentado, que já é considerado um dos mais violentos dos últimos anos na cidade. O alvo exato dos terroristas ainda não está claro. Um edifício próximo ao hospital Jamuriat foi afetado e ameaçava desabar.

 

“O suicida usou uma ambulância para passar pelos postos de controle. No 1º controle disse que transportava um paciente para o hospital Jamuriat. No segundo posto de controle, foi identificado e detonou os explosivos”, explicou à AFP Nasrat Rahimi, porta-voz do ministério do Interior.

 

No bairro onde ocorreu a explosão estão prédios governamentais (entre eles os escritórios do Ministério do Interior afegão), além de embaixadas estrangeiras e os da União Europeia. O Alto Conselho da Paz, responsável pelas negociações com os talibãs (atualmente bloqueadas), também fica na região.