Após Jair Bolsonaro ter levado uma facada, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, recomendou cautela à equipe do presidente eleito durante a cerimônia de posse. Em evento no Planalto, ele afirmou na segunda (3), que ainda não foi tomada a decisão sobre se o capitão reformado desfilará em carro aberto e relatou que novas ameaças ao militar foram identificadas no mês passado.

 

“Neste momento, eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem presididas por cautela”, disse. “É óbvio que a segurança sempre assessora, mas a decisão será do presidente”, acrescentou. Segundo o ministro, os detalhes da cerimônia de posse estão sendo tratados entre o encarregado pela segurança do presidente eleito segundo o Folhapress.

 

A segurança é feita pela Polícia Federal e a secretaria de coordenação e segurança presidencial. “Nós temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo agressões frequentes, basta ver nas mídias sociais, e a quem tem de ser dada as garantias das melhores condições de governo”, disse. Na avaliação dele, certamente a segurança do capitão reformado exigirá “cuidados mais intensos e precisos” do que a do presidente Michel Temer.

 

O ministro participou nesta segunda de evento em comemoração aos 80 anos do GSI. Segundo ele, as crises mais sensíveis enfrentadas durante a sua gestão à frente da estrutura foram a greve dos caminhoneiros e a migração em massa de venezuelanos. Em discurso, Etchegoyen afirmou que, em um momento de tantos obstáculos, o país nunca precisou tanto da “grandeza de seus homens públicos”.

 

Para ele, as divergências políticas não devem se transformar em trincheiras. “É para frente que temos de seguir. Só avançaremos se nos guiarmos por faróis potentes que iluminem o futuro, não por retrovisores trincados que distorçam o passado”, disse. No mesmo evento, o general Augusto Heleno, indicado para comandar o GSI no futuro governo, afirmou não ser provável que Bolsonaro anuncie nesta segunda o nome de um novo ministro. Folhapress