Irmão do ex-presidente do MDB da Bahia, João Santana, Elísio Santana seria o intermediário de recursos da Cosbat para a família Vieira Lima. A informação consta nas alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo em que os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima e a mãe de ambos, Marluce Vieira Lima, aparecem como réus. PGR pediu 80 anos de prisão a Geddel e 48 para Lúcio Vieira Lima.

 

De acordo com a denúncia, em depoimento, o ex-assessor Job Brandão cita que Elísio Santana levava dinheiro em espécie à casa de Marluce Vieria Lima, proveniente de “dividendos de R$ 6 milhões pelos ciclos de lavagem completos em investimentos da Cosbat”. O ex-assessor afirmou ainda que contava os repasses, que chegavam a quase R$ 500 mil reais.

 

Os valores seriam então depositados no closet do apartamento da matriarca da família e que foram transferidos para o “bunker” em janeiro do ano de 2016. A Cosbat é uma incorporadora imobiliária criada no modelo de sociedade em cota de participação e gerenciada por Luiz Fernando da Costa. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a família Vieira Lima repassou R$ 12,7 milhões de reais à empresa segundo o Bahia Notícias.

 

Apesar de citado na denúncia, Elísio Santana não aparece como parte do processo. O irmão dele, João Santana, foi candidato ao governo da Bahia pelo MDB em 2018. À época, o então presidente da legenda negou ter cortado relações com a família Vieira Lima.