RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse no sábado (02), que a reforma administrativa não vai afetar a estabilidade de servidores de carreiras típicas de Estado. A declaração foi dada na saída do Alvorada. O chefe do Executivo nacional saiu para comprar uma moto Honda 750 em uma concessionária de Brasília, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

“A ideia é [acabar com a estabilidade] daqui para a frente, para os futuros concursados. O assunto é complicado, mas essa é a ideia. Algumas carreiras típicas de Estado vão ter que manter a estabilidade. Não posso formar capitães das Forças Especiais e depois mandar embora. Para outros servidores civis também”, explicou Bolsonaro, na saída do Palácio do Alvorada.

São consideradas típicas de Estado aquelas ligadas à consultoria legislativa, exercidas pelos integrantes das carreiras jurídicas de magistrado, e as relacionadas à atividade-fim dos tribunais; militares, policiais federais, policiais rodoviários e ferroviários federais, policiais civis, guardas municipais, membros da carreira diplomática e fiscais de tributos; e as específicas de fiscalização e arrecadação tributária, previdenciária e do trabalho, controle interno, planejamento e orçamento, gestão governamental, comércio exterior, política monetária nacional, supervisão do sistema financeiro nacional e oficias de inteligência.

Para as demais categorias, o governo pretende acabar com a estabilidade para os novos servidores que ingressarem na administração pública. Durante a semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que o pacote com as medidas seria apresentado na próxima terça-feira (05). Bolsonaro, contudo, recuou e disse que “não pode garantir” que o projeto seja encaminhado logo, mas “já está pronto para nascer”. Metrópoles