Agência Senado

Pré-candidato ao governo da Bahia, o senador Jaques Wagner (PT) admitiu que o estado, que é administrado há 15 anos pelo seu partido, ainda precisa “avançar muito” em Educação e em Segurança Pública. As duas áreas têm sido alvo de críticas da oposição ao petista. Segundo Wagner, é necessário “melhorar muito” os índices educacionais do ensino médio. “Estamos fazendo um esforço muito grande para melhorar os índices educacionais, e vamos conseguir. (O governador) Rui (Costa) está se dedicando muito à área de Educação, como se dedicou às policlínicas e os novos hospitais. Um investimento grande”, pontuou, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Aratu Online.

Wagner rebateu às críticas do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM), que será seu provável adversário na disputa pelo Palácio de Ondina no próximo ano. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o democrata afirmou que “o legado do governo do PT na Educação, infelizmente, é de posicionar a Bahia como uma das piores Educação do Brasil”.

“Macaco nunca olha para o rabo. Alguém do grupo do DEM falar de Educação fica difícil. Eles mandaram 40 anos na Bahia, quando eu fui ser governador, a terra de Castro Alves, Rui Barbosa, e tantos educadores, eu recebi o estado com o maior número de analfabetos do Brasil: 2,3 milhões de analfabetos. Foi aí que lançamos o ‘Topa’, ‘Todos pela Educação’, e fizemos mais 1,3 milhão. Poderia devolver a pergunta para eles: vocês foram governo do Estado, prefeitura, governo nacional, nunca botou uma universidade aqui dentro, eu botei cinco. (…) Hoje tem 20 campus de escola técnica”, rebateu Wagner.

Ao falar sobre a segurança pública, o senador petista disse que “nenhum governo estadual achou um caminho definitivo” para a área. Wagner afirmou ainda que o governo federal precisa fazer sua parte e atuar no combate ao crime para resolver o problema. “Eu insisto em dizer que cada governo do estado cuida do miúdo. Quem deveria cuidar do graúdo era o governo federal, com as Forças Armadas, Polícia Federal para cortar o abastecimento (das drogas) do que não é produzido no Brasil. Ou a gente corta o alimento do tráfico ou fica, como se diz na gíria, enxugando o gelo”, declarou.

Wagner afirmou também que continuará defendendo a renovação no seu grupo político, mas ele disse que será candidato a governador porque “não se consolidou uma nova liderança, como era minha esperança”. Para ele, o pleito ao Palácio de Ondina terá três chapas. “Eu tendo a achar que o lado de lá vai se dividir. Teremos duas chapas. Uma chapa apoiando o presidente da República, e a outra chapa encabeçada pelo ex-prefeito (ACM Neto), apoiando o candidato do PDT (Ciro Gomes). É o que estou vendo no fim do túnel”, pontuou. O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), é hoje o nome cotado para ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao governo da Bahia. Tribuna da Bahia