Por 382 a 118 votos, a Câmara aprovou nesta quinta-feira (6) o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária em 1º turno. Para a comentarista da GloboNews Eliane Cantanhêde, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foram os grandes responsáveis pela aprovação e saem vitoriosos.

“É uma grande vitória do Arthur Lira, mas não é só dele. (…) Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, é, também, o grande vitorioso, porque ele quem liderou o projeto, participou intensamente e que fez os contatos, não apenas dentro do Congresso, mas também dentro do próprio governo e fora de Brasília, com os setores interessados”, analisa.

Segundo a jornalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) separou esta sexta-feira (7) para se encontrar com o ministro. “Amanhã o presidente Lula só tem um item na agenda. Às 10h, Fernando Haddad”, diz. “Ou seja, hoje [quinta] é o dia de Arthur Lira, amanhã [sexta] vai ser o dia de Lula comemorar com Fernando Haddad”, completa.

O que é a reforma proposta

Em linhas gerais, a proposta da reforma tributária prevê a unificação de cinco tributos. A última versão também prevê zerar imposto sobre a cesta básica e criar o ‘imposto do pecado’.

  • IPIPIS Cofins, que são federais;
  • ICMS, que é estadual, e o ISS, que é municipal.

Esses tributos deixariam de existir e seriam criados dois impostos sobre valor agregado, os IVAs: um seria gerenciado pela União e outro teria gestão compartilhada por estados e municípios. G1