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Presidente de honra do MDB, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima anunciou em entrevista à rádio Salvador FM, que nem ele nem seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, disputarão cargos eletivos no futuro próximo. Mesmo com a anulação da sentença por organização criminosa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que tornará Geddel elegível em 2025, a família decidiu permanecer fora das disputas eleitorais.

“Nem Geddel, nem eu [disputaremos a eleição]. Meus filhos não quiseram na eleição passada e a filha de Geddel não quis. Não queremos, até porque eu acho que tudo é igual a remédio: tem data de validade”, afirmou Lúcio ao programa Fora do Plenário.

O emedebista destacou que ambos têm sido procurados, mas a família prefere ser um “grande eleitor” atualmente. “Projetei que seríamos eleitos com facilidade”, comentou, negando que a decisão tenha sido influenciada pelo desgaste causado pela Operação Lava Jato. “Eu não vou cair nesse mimimi de virem me apontar dedo sujo, porque não vejo ninguém com dedo limpo para me apontar”, provocou.

Quanto às eleições deste ano, Lúcio Vieira Lima reafirmou o compromisso do MDB em manter pré-candidaturas em cidades do interior da Bahia, onde há disputa com partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Entre as cidades estratégicas estão Juazeiro, com Andrei Gonçalves, Camaçari, com Oswaldinho Marcolino, e Vitória da Conquista, com Lúcia Rocha. Na capital baiana, o foco é na união do grupo e na inclusão de um vice petista na chapa liderada pelo vice-governador Geraldo Júnior, pré-candidato pelo partido.

“Eu defendo que o nome do vice seja alguém que agregue. Quando se fala do PT, ele já agrega logo na saída. A base está toda unida em torno de Geraldo. Não tem problema nenhum. Agora, se você coloca um candidato do PT, tem uma sinalização”, opinou Lúcio.

“É a digital de Lula, de Jerônimo, de Wagner, de Rui Costa, de todo mundo. Então, nós torcemos, queremos e preferimos que seja um candidato do PT. Agora, se é uma indicação do PT, não é o MDB que vai se meter”, emendou Lúcio, sem estimar um prazo para definição do nome favorito.

Lúcio, vale lembrar, tem participado das discussões políticas em Salvador. Recentemente, o emedebista provocou o prefeito Bruno Reis (União Brasil), que ainda não anunciou a sua pré-candidatura em busca da reeleição.

“O nosso potencial adversário não anunciou nem se é candidato ainda. Portanto, se estão cobrando a vice de Geraldinho, vamos cobrar a candidatura [de Bruno Reis à reeleição]. Ele está com medo de quê?”, questionou Lúcio, há poucos dias. “De ter que voltar atrás depois do crescimento de Geraldinho?”, voltou a provocar Lúcio. Tribuna da Bahia