Foto: Mauricio Tonetto / Secom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (5) que não haverá “impedimento da burocracia” para que o poder público adote medidas em nível federal para ajudar a recuperar o estado do Rio Grande do Sul. “Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandeza deste estado”, disse Lula, que garantiu recursos para reconstrução de rodovias.

Lula deu a declaração ao participar, em Porto Alegre (RS), de apresentação de integrantes do governo federal e do governo estadual das ações já adotadas na região. O estado enfrenta uma tragédia sem precedentes, causada pelas fortes chuvas. A fala foi feita após o grupo político sobrevoar as áreas afetas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Pouco antes da declaração de Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o Congresso Nacional discuta alguma medida “totalmente extraordinária”, e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, falou na possibilidade de se adotar um regime jurídico “especial” e “transitório” em razão da tragédia.

“A gente deve muito ao Rio Grande do Sul sob todos os aspectos. Queria dizer ao povo gaúcho: o que estamos fazendo é dando ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Se ele sempre ajudou o Brasil, eu acho que está na hora de o Brasil ajudar o Rio Grande do Sul”, afirmou Lula.

“Eu estou muito satisfeito com a presença do Lira, do Pacheco, do Fachin, do Bruno Dantas. Eu queria ouvir deles o que eles falaram. Ou seja, não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado. Pode ficar certo disso. Isto que está sendo falado, está sendo gravado”, acrescentou o presidente.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, integraram a comitiva do governo federal, além de outros ministros do governo.

Lula desembarcou na base aérea de Canoas e, de helicóptero, sobrevoou áreas afetadas pela cheia do Guaíba em Porto Alegre e região metropolitana. Em seguida, na capital, comandou uma reunião com autoridades do governo gaúcho e prefeitos. O presidente, que faz a segunda viagem ao estado desde o começo das enxurradas, levou uma comitiva dos três poderes até o Rio Grande do Sul. O estado registra até o momento 75 mortes. G1