O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quarta-feira (9) que “é plenamente possível recuperar a normalidade da convivência entre instituições”.

Lula deu a declaração em entrevista coletiva, após se reunir com autoridades em Brasília.

“Eu me candidatei com o compromisso de que é possível resgatar a cidadania do povo brasileiro, de que é possível a gente recuperar a harmonia entre os poderes, de que é plenamente possível a recuperar a normalidade da convivência entre as instituições brasileiras. Instituições que foram atacadas, que foram violentadas pela linguagem nem sempre recomendável de algumas autoridades ligadas ao governo”, afirmou o presidente eleito.

Relação com o Centrão
Lula falou também sobre a relação que terá com o Centrão.

“Já fui deputado, já fui presidente da República. O governante tem que ter clareza que que tem que lidar com as pessoas que foram eleitos. Temos que convencer das coisas importantes para o país. Não tem que olhar o Congresso e “ah, o Centrão”. O Centrão é um conjunto de partidos que temos que conversar e tentar convencer das nossas propostas”, disse o presidente eleito.
Ele afirmou ainda que não vai interferir nas eleições do Congresso. Câmara e Senado escolhem presidentes em fevereiro. Lira, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), quer a reeleição.

“Não cabe ao presidente da República interferir em quem será o presidente do Senado ou da Câmara. Ou seja, quem vai decidir quem será o presidente das Casas serão senadores e deputados. O papel do presidente da República não é gostar ou não de presidente, é conversar com quem dirija a instituição”, afirmou Lula.

Bloqueios ilegais de rodovias
Lula criticou os bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) depois que ele perdeu as eleições.

“Essas pessoas que estão protestando, sinceramente, não têm por que protestar. Deviam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor que aquilo que nós merecíamos ter de votos. E eu acho que é preciso detectar quem é que está financiando esses protestos que não têm pé nem cabeça. Ofensas a autoridades, ameaças de fechamento, agressão verbal”, lamentou o presidente eleito.

Fonte: g1