A escolha do presidente Jair Bolsonaro de nomear Abraham Weintraub ministro da Educação no lugar do desgastado Ricardo Vélez foi vista com desconfiança por membros da cúpula militar do governo.

Indicado do guru ideológico do bolsonarismo, o ex-astrólogo Olavo de Carvalho, Weintraub representaria a continuidade da crise que paralisou o principal ministério do governo federal.

De acordo com fontes militares ouvidas pela Folha de S. Paulo, a remoção de Vélez do MEC era uma oportunidade de se afirmar ante o chamado grupo ideológico do governo, aderente das ideias propagadas por Olavo de Carvalho.

Oficiais generais da ativa e da reserva próximos de Bolsonaro defenderam a escolha de um nome técnico, gestor respeitado no mercado e na academia e não incluía o nome de Weintraub.

Outro motivo para o descontentamento da ala militar é o fato da indicação do novo ministro ter sido avalizada publicamente por um dos filhos de Bolsonaro mais próximo de Olavo, o deputado federal Eduardo (PSL-SP). Segundo o jornal, a conduta foi vista por setores militares como uma provocação.

Olavo que tem travado uma disputa interna com os militares por espaço no governo Bolsonaro. Além disso, Olavo já trocou críticas e ofensas públicas com o vice-presidente, general Hamilton Mourão, e com general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro de Governo. Brasil247 Foto: Reprodução