Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu a prisão em flagrante do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em preventiva, isto é, sem prazo para terminar. A decisão desta sexta-feira (9) ocorreu após audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Valdemar foi preso nesta quinta-feira (8) enquanto policiais faziam buscas em um dos endereços ligados a ele, como parte da operação da Polícia Federal que investiga a suspeita de um golpe de Estado. Contudo, o presidente do PL não era alvo de mandado de prisão.

Valdemar era alvo de um mandando de busca e apreensão, mas, acabou preso após os policiais encontrarem, no local onde ele residia — um hotel em Brasília —, uma arma de fogo com registro vencido e uma pepita de ouro sem documentação.

Segundo a perícia da PF, o ouro é proveniente do garimpo. Na prisão por usurpação mineral não cabe fiança. Alexandre de Moraes deu 24 horas para a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Valdemar. Além do presidente do PL, passaram por audiências de custódia nesta sexta e continuam presos:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL);

e os militares:

  • Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército;
  • Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.

Os alvos da operação desta quinta foram ex-ministros e ex-assessores de Bolsonaro. Foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva — sendo que o nome de Valdemar Costa Neto não estava incluído nesses quatro.

O quarto mandado de prisão mirou o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, que estava nos Estados Unidos no dia da operação, e se apresentou às autoridades americanas. A previsão é de que ele chegue ao Brasil no domingo (11). G1