Os três principais pré-candidatos ao governo da Bahia entraram na plataforma digital chinesa TikTok em busca do eleitor jovem. Dentre os três postulantes ao Palácio de Ondina, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) é o que tem o maior número de seguidores. São, ao todo, 47,6 mil.
Já João Roma (PL) e Jerônimo Rodrigues (PT) têm um desempenho tímido nesta mídia digital. O primeiro, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, tem apenas 415 seguidores, já o petista somente 1995. Se ACM Neto tem a liderança no número de seguidores nesta plataforma, que é dominada pela juventude, ele também tem entre os eleitores jovens.
De acordo com a pesquisa Quaest/Genial, divulgada em maio, o ex-prefeito de Salvador tem 75% do eleitorado entre 16 e 24 anos. Já entre os eleitores de 25 e 34 anos de idade, ACM Neto tem 72% das intenções de votos. Os seus adversários, Jerônimo Rodrigues e João Roma, oscilam entre 1% e 5% entre este público.
“A próxima campanha vai exigir de todos os candidatos uma participação muito mais efetiva neste ambiente, que já faz parte do cotidiano de todo mundo. Precisamos explorar ainda mais. O Tik Tok é uma rede social que vem muito forte para os jovens, que têm influenciado muito os votos dos pais e dos avôs”, disse Arysa Souza, que é estrategista digital de ACM Neto, em entrevista à Tribuna.
Nacionalmente
Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estreou sua conta oficial no TikTok. A chegada do petista nesta rede social digital, no entanto, foi tardia, se comparada ao seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ativo no aplicativo desde outubro de 2021, Bolsonaro já tem uma soma 1,8 milhão, número bem superior aos quase 98,4 mil apoiadores de Lula.
Uma pesquisa de doutorado, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, inclusive, concluiu que os vídeos vinculados ao presidente Jair Bolsonaro no TikTok têm audiência 13 vezes superior aos conteúdos relacionados ao ex-presidente Lula.
O levantamento aponta que, somando as 10 principais hashtags ligadas a cada um deles, os vídeos de Bolsonaro representaram 92% das visualizações contra 8% de Lula — em números totais, é o equivalente a 10,06 bilhões versus 778 milhões. Esse resultado é relativo a janeiro. Em maio do ano passado, a proporção era de 79% contra 21%. Tribuna da Bahia
