O prefeito de Madre de Deus, Jaílton Polícia (PTB), foi vítima de um atentado a tiros na noite de sexta-feira, 4, enquanto deixava o condomínio onde mora, em São Francisco do Conde, cidade vizinha ao município em que atua, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo informações da cunhada da vítima, Josevania alves, Jaílson saiu do condomínio Patos e Gansos acompanhado de um assessor e seguia em direção à cidade de Madre de Deus, por volta das 19h.
No caminho, ele parou o carro na frente de um contêiner de lixo, que fica próximo a cerca de 100 metros de onde mora, para jogar o lixo fora. No momento em que desceu do carro, uma moto com dois homens estacionou na frente do veículo e um dos homens, sem dizer nada, sacou uma arma e começou a atirar no prefeito que também é policial.
“Dois rapazes deflagraram sete tiros contra ele. Neste momento, ele se jogou em cima do assessor que estava ao seu lado e sacou uma arma que carregava e revidou com vários tiros. Depois se levantou e atirou, mas os caras já tinham se distanciado. Nessa ação, ele acabou dando jeito na coluna e o assessor, que tem pressão alta, passou mal e ambos foram para o hospital. Ele não conseguiu ver quem atirou e qual era o modelo da moto”, explicou a cunhada do prefeito.
A Secretária de Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que a 21ª Delegacia Territorial de São Francisco do Conde “investigará um ataque a tiros contra o prefeito de Madre de Deus, Jaílton Santana. O caso aconteceu, na noite desta sexta-feira (4), na localidade conhecida como Caípe, em São Francisco do Conde”. A SPP informa que “guarnições da 10ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) realizam buscas na região à procura dos autores”. O carro do prefeito deverá passar uma uma vistoria da perícia técnica da Polícia Civil.
Críticas e Ameaças
Na última quarta-feira, 2, o prefeito de Madre de Deus afirmou, durante entrevista à Rádio Baiana FM, em Candeias, que um vereador de Madre de Deus tinha ligações com o tráfico de drogas no município. Segundo fontes da cidades, as declarações davam a entender que o vereador Marden Lessa era o alvo da acusação.
As declarações foram consideradas como ameaça e difamação pelo vereador Marden Lessa (PSB), que usou seu tempo de pronunciamento na sessão da última quinta-feira, 3, para criticar o prefeito, sua gestão e realizar ameaças.
“O prefeito pilantra. E quero dizer ao senhor, prefeito, que não sou traficante, e desafio o senhor a provar e qualquer um dessa corja que te acompanha. Agora, prefeito, não vou ficar encurralado, não vou aceitar que folgue os quatros parafusos dos quatro pneus do meu carro, que o senhor mande investigar minha vida de frente para trás e de trás para frente e não ache nada; Quer implantar um flagrante, implante, vai me matar, mas eu não assino nada que não for de minha posse seu canalha”, declarou Lessa. O vereador seguiu por 25 minutos criticando o prefeito e chegou a chamá-lo para briga.
“Você pode querer implantar flagrante contra mim, não tenho medo de você, eu sou homem e acho que você também seja. Se achar que a gente tem que resolver de outra forma, tira a arma da cintura e venha que a gente resolve como homem também lá fora, porque para um homem outro. Não fique pensando que você com seu trabuco na cintura que eu tenho medo de você, não, se eu tivesse medo de morrer ou não nascia. Então não me meça por sua régua, diga quem são as pessoas nessa cidade com que eu sou relacionado ao tráfico de drogas, fale e prove”, provocou o vereador do PSB.
Mardem revelou que no passado utilizou drogas, mas nega ter relações com traficantes: “Se ser usuário de droga é ter relacionamento com o tráfico de drogas, tem muita gente que anda com você que é”. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que ambos os políticos chegaram a prestar queixas de ameaças um contra o outro, por ameaças. Informações do A Tarde
