Foto: Valma Silva

A prévia da taxa de inflação do mês de julho na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 0,74%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês.

Conforme o IBGE, o índice de julho na RMS foi o 6º mais elevado entre as 11 áreas pesquisadas. As maiores variações ocorreram nas regiões metropolitanas de Curitiba/PR (1,19%), Recife/PE (0,86%) e Porto Alegre/RS (0,84%).

A pesquisa aponta índice que o IPCA-15 na RMS desacelerou em relação ao mês anterior, ficou próximo do índice nacional (0,72%) e praticamente igual ao de julho de 2020 (0,75%).

De acordo com o IBGE, para o cálculo da prévia da inflação deste mês, os preços foram coletados entre 14 de junho e 13 de julho e comparados com aqueles vigentes entre 14 de maio e 14 de junho.

No acumulado de janeiro a julho de 2021, o IPCA-15 da RMS está em 4,85%. Segue ligeiramente abaixo do índice do Brasil como um todo (4,88%) e é o 7º entre os 11 locais pesquisados. Ainda assim, já é maior que o acumulado em todo o ano de 2020 (4,13%).

Já nos 12 meses encerrados em julho, o índice acumula alta de 7,65% na RMS, segundo dados do IBGE. Além disso, ele se manteve praticamente estável em relação ao acumulado nos 12 meses encerrados em junho (7,66%).

Prévia da inflação de julho na RMS fica em 0,74%, aponta IBGE — Foto: Divulgação/IBGE

Habitação e transporte são as maiores pressões inflacionárias

Ainda segundo o IBGE, o IPCA-15 de julho na RMS (0,74%) foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Com a maior alta, o grupo habitação (1,96%) também exerceu a principal pressão inflacionária na prévia do mês. Foi puxado, principalmente, pelas altas da energia elétrica (4,28%) e do gás de botijão (5,02%).

Conforme os dados do IBGE, os custos para morar aumentaram pelo quinto mês seguido, na RMS. A energia teve o terceiro aumento consecutivo e foi o item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária no IPCA-15 de julho. Já o gás apresentou a oitava alta seguida, aumentando desde dezembro 2020.

Os transportes também seguiram em alta (1,17%), com o segundo maior aumento dentre os grupos. Foram puxados pelos preços dos veículos próprios (1,43%), sobretudo os automóveis usados (1,91%), e do transporte público (2,19%), neste caso com maior força das passagens aéreas (21,83%).

Os combustíveis (0,29%), se mantiveram com variação positiva no IPCA-15 de julho, mas desaceleraram fortemente em relação a junho, quando haviam aumentado 8,35% em média. A gasolina, por exemplo, teve aumento de 0,28% na prévia de julho, frente a 8,29% no mês anterior.

Já os preços do grupo alimentação e bebidas (0,97%) voltaram a acelerar na RMS, no IPCA-15 de julho (haviam aumentado 0,58% em junho), e também exerceram importante pressão inflacionária. Foram puxados pelo pão francês (8,76%), pelas carnes em geral (1,49%), aves e ovos (2,16%) e leite e derivados (1,54%). Os dois únicos grupos que mostraram deflação na prévia de julho, na RMS, segundo o IBGE, foram vestuário (-0,39%) e despesas pessoais (-0,04%).

Energia elétrica e gás de botijão são as maiores pressões inflacionárias — Foto: Divulgação/IBGE

G1