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Quem foi o melhor jogador estrangeiro que passou pelo seu clube? Abaixo, listamos dez que deixaram saudade no Vitória. Concorde, discorde, critique e, ao fim, veja quem ganhou o 1º lugar neste ranking do Correio da Bahia e escolha você mesmo o seu gringo preferido. Lembrando que uma lista do top 10 é, por essência, potencialmente injusta, uma vez que outros atletas de relevantes serviços prestados ficaram de fora, como o colombiano Santiago Tréllez, destaque em 2017; o argentino Maxi Biancucchi, importante em 2013; e o boliviano Marcelo Moreno, em 2006. Uma curiosidade: o pai do atual presidente Paulo Carneiro, o português Ruy Carneiro, vestiu a camisa rubro-negra em 1940. As estatísticas de gols e número de partidas dos jogadores mencionados no ranking são uma colaboração do pesquisador Alexandro Ribeiro.

10. Gatito Fernández

O goleiro paraguaio chegou ao Vitória em julho de 2014 na condição de reserva de Wilson e terminou a temporada como titular. No início do ano seguinte, o baque: uma lesão no joelho levou Gatito a passar por uma cirurgia e voltar para o fim da fila, como terceiro goleiro, atrás também de Fernando Miguel. Esperou sua vez, contou com a saída de Wilson do clube, uma lesão de Fernando Miguel e, tendo a chance novamente, aproveitou muito bem, a ponto de se tornar peça fundamental na campanha do acesso rubro-negro à Série A. Ao fim de 2015, não teve o contrato renovado devido a desacerto financeiro. Saiu após 43 partidas disputadas. Atualmente, tem 32 anos e defende o Botafogo.

9. Hernández

O uruguaio Nicolas Hernández jogou no Vitória em 1998 e 99, vindo do Villarreal, da Espanha. Centroavante oportunista e com mobilidade, foi campeão baiano e da Copa do Nordeste no segundo ano, tendo marcado os dois gols do Leão na final do Nordestão contra o Bahia – venceu o jogo de ida no Barradão por 2×0 e perdeu na Fonte Nova por 1×0. Ao todo, marcou 14 gols em 35 partidas. Aos 43 anos, está aposentado.

8. Andrada

O goleiro argentino lembrado mundialmente por ter sofrido o milésimo gol de Pelé, quando defendia o Vasco, fez muito mais do que isso na carreira. Ganhou Bola de Prata (1971) e foi campeão brasileiro (1974) pelo time carioca e também jogou no Vitória, em 1976, já aos 37 anos, junto com o compatriota Fischer. Ficou só um ano no rubro-negro, onde mostrou sua qualidade e experiência em 41 jogos. Faleceu em setembro do ano passado, aos 80 anos, na Argentina.

7. Zingoni

Ponta esquerda argentino, Zingoni (muitas vezes grafado com E no final) foi campeão baiano de 1955 pelo Vitória, na época treinado pelo também argentino Carlos Volante, que recomendou a contratação do jogador. Jogou pelo Estudiantes e estava no Sport antes de chegar ao Leão, onde ficou até o ano seguinte. Marcou 11 gols com a camisa rubro-negra.

6. Escudero

Revelação promissora do Vélez Sarsfield, este meia argentino já havia passado por Boca Juniors, Grêmio e Atlético Mineiro sem conseguir o mesmo destaque até que chegou ao Vitória em 2013 e virou xodó da torcida rubro-negra pela sua técnica na perna esquerda. Campeão baiano no ano das goleadas de 5×1 e 7×3 sobre o Bahia e parte do tridente de gringos juntamente com Maxi e com o paraguaio Cáceres no Brasileirão daquele ano, Damián Escudero ficou no Leão até 2015 e foi destaque também na campanha do retorno à Série A. Depois, saiu para o Puebla, do México. Após passagens por Vasco e Cuiabá, está sem clube. Tem 33 anos.

5. Aristizábal

O atacante colombiano Victor Hugo Aristizábal chegou ao Vitória em 2002 com a bagagem de quem havia disputado duas Copas do Mundo (1994 e 1998) e pouco depois de ser campeão da Copa América no ano anterior – a única da história da Colômbia. Honrou todo esse histórico com ótimas atuações e 30 gols em 55 partidas, formando um ataque muito afinado com André (que faleceu em fevereiro deste ano). Foi campeão baiano e saiu no ano seguinte para o supertime do Cruzeiro, que seria campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil. No país, defendeu também São Paulo, Santos e Coritiba. Aposentado, tem 48 anos e mora na Colômbia, onde comanda a escolinha de futebol Aristigol.

4. Fischer

O atacante argentino, apelidado de ‘El Lobo’, chegou ao Vitória em 1976 e logo conquistou a admiração dos rubro-negros. Alto, exímio cabeceador e artilheiro, Fischer passou só um ano no clube, o suficiente para ser lembrado até hoje como um dos grandes jogadores da história centenária do Vitória. Dá uma olhada nos números: 31 gols em 39 jogos. Se tivesse ficado mais tempo no Vitória, seguramente estaria ainda mais próximo do topo da lista. Antes do Leão, defendeu o San Lorenzo, pelo qual foi bicampeão argentino, e o Botafogo, também com destaque. Tem 76 anos e mora no país natal.

3. Viáfara

Possivelmente o maior ídolo do clube no século 21, o colombiano Viáfara defendeu o Vitória de 2008 a 2011 e construiu uma relação de amor com o torcedor através de muito envolvimento, carisma, títulos e defesas importantes. Também fazia gols de falta e pênalti: foram nove em 170 partidas. Bicampeão baiano em 2009-10 e vice-campeão da Copa do Brasil em 2010, Julián Viáfara está sempre pronto para declarar seu amor pela equipe em que chegou dias antes de completar 30 anos. Agora aos 41 e aposentado desde 2016, ‘El Paredón’ vive nos Estados Unidos. À distância, mantém o elo com o rubro-negro através das redes sociais.

2. Ricky

O nigeriano Richard Daddy Owubokiri, ou simplesmente Ricky, alcançou o status de ídolo do Vitória graças a seu faro de gol apurado que mostrou enquanto defendeu o clube de 1984 a 86. Campeão baiano e artilheiro na edição de 1985, o centroavante acabou ganhando a Europa, onde jogou em times da França e de Portugal – destacou-se também no português Boavista – e serviu a seleção de seu país. Já veterano, retornou ao Leão para uma breve passagem em 1994. No total, marcou 60 gols em 83 jogos. Está com 58 anos e mora em Salvador.

1. Petkovic

O número 1 da lista é Dejan Petkovic, sérvio nascido em 1972, quando o país integrava a hoje extinta Iugoslávia. Petkovic chegou ao Vitória em outubro de 1997 para substituir um craque consagrado: Bebeto, que queria se manter em evidência para disputar a Copa do Mundo de 98 e iria para o Cruzeiro e depois Botafogo. Era uma desconhecida, porém impactante contratação, afinal, jogava no Real Madrid B, que em agosto daquele ano havia vencido o Leão no torneio amistoso Cidade Palma de Mallorca, na Espanha. Nunca uma goleada de 5×1 foi tão positiva.

Logo na estreia pelo Vitória, o meia-atacante, que por aqui ganhou o apelido Pet para facilitar a pronúncia de um nome até então difícil para os brasileiros, mostrou uma das suas especialidades e marcou um gol de falta no empate por 2×2 contra o União São João pelo Brasileiro de 1997. Marcaria outros golaços de falta e olímpicos também em 1998 e 1999, até sair no meio da temporada, vendido ao Venezia, da Itália. No total, 59 gols em 90 jogos. Foi campeão baiano em 1997 e 99 e da Copa do Nordeste de 1999. Voltou ao clube em 2017 e ficou só por três meses, período em que foi gerente de futebol, treinador e diretor de futebol. Aos 47 anos, mora no Rio de Janeiro e é comentarista do canal Sportv. Informações do Correio da Bahia