A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou nesta quarta (5) , um esclarecimento sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no dia 14 de março com seu motorista, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro segundo informações da Revista Veja. Marielle foi morta quando voltava de um evento sobre violência contra contra mulheres negras na noite de 14 de março deste ano.

 

Em discurso na abertura de um seminário internacional sobre prevenção da violência doméstica contra a mulher, Raquel Dodge afirmou que Marielle “emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher, contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país.

 

As investigações sobre o crime estão sob responsabilidade da DH do Rio e do MP. Porém, a pedido de Dodge, a Polícia Federal também abriu um inquérito para apurar o envolvimento de agentes públicos e milicianos para impedir a apuração dos assassinatos de Marielle e Anderson. Quatro meses após o crime, a Anistia Internacional também cobrou a criação de um mecanismo externo e independente para monitorar as investigações do crime.

 

“Está claro que as instituições não têm credibilidade, eficácia, competência ou vontade de resolver o caso”, afirmou a diretora de pesquisa da entidade, Renata Neder. Marielle foi morta quando voltava de um evento sobre violência contra contra mulheres negras na noite de 14 de março deste ano. Às 21h30, um carro se aproximou do veículo da vereadora na Rua Joaquim Palhares.

 

Nesse momento foram feitos os disparos: quatro deles atingiram a cabeça de Marielle , que estava no banco de trás; o motorista levou outros três tiros nas costas. A Polícia localizou nove cápsulas de bala e suspeita que os criminosos seguiram o automóvel das vítimas, que tem vidros escuros, para saber a localização das pessoas. Os bandidos fugiram sem levar nada.

 

Ativa nas redes sociais, a vereadora costumava postar mensagens de apoio ao movimento negro e aos direitos da mulheres e críticas ao governo de Michel Temer, à intervenção federal no estado e à atuação da polícia. No sábado anterior ao seu assassinato, Marielle protestou contra uma operação da Polícia Militar na Favela de Acari.