EC Bahia

Depois de acertar todos os detalhes da venda de uma possível SAF para o Grupo City e convocar os conselheiros para apreciar a proposta, o Bahia ainda tem um caminho para percorrer antes de bater o martelo e efetivar a negociação com o fundo árabe. Para o torcedor entender o processo, o CORREIO destrinchou os ritos que o Esquadrão deve seguir.

O primeiro passo será a análise da proposta de venda pelo Conselho Deliberativo. Como se trata de uma decisão que envolve grandes cifras e terá impacto nas próximas gestões da entidade, o documento precisa obrigatoriamente passar pelo órgão. O Conselho Fiscal, responsável por analisar as contas do clube, também estudará o documento. Eles então emitirão parecer com o que pensam da oferta.

Em fevereiro deste ano, os conselheiros criaram uma comissão específica para estudar a SAF. Ao longo do ano, o grupo analisou o assunto e debateu diferentes modelos de Sociedade Anônima do Futebol. Essa comissão também participará da análise da proposta que será apresentada pela diretoria sexta-feira (23).

Após a emissão do parecer, que não é imediata e estima-se que dure cerca de dois meses, o Conselho Deliberativo do Bahia convocará uma Assembleia Geral Extraordinária, pois são os sócios que têm o poder de dizer sim ou de vetar a venda para o fundo estrangeiro. Esse será o momento mais decisivo de todo o processo e ocorrerá através de votação. Ainda não há data marcada para a Assembleia.

A constituição e consequente venda da SAF tricolor vai causar impactos significativos no clube. Em caso de venda, o departamento de futebol passará a ter um dono. Com isso, será o Grupo City quem decidirá sobre os principais temas relacionados ao Esquadrão. Também caberá ao investidor realizar aportes financeiros conforme definido no contrato. Correio da Bahia