Salvador e a região metropolitana registraram 124 mortes violentas entre 1° e 23 de novembro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Conforme o órgão, o mês já é o mais violento desde maio deste ano. De acordo com dados do boletins da SSP-BA, o órgão registrou 103 casos em outubro, 107 em setembro e 83 em agosto. No mês de julho, 82 casos foram registrados. Já em junho e maio, 79 e 96, respectivamente. O boletim do órgão de segurança pública também aponta um crescimento de casos de mortes violentas nas sextas-feiras do período entre 23 de outubro e 20 de novembro.

  • 23 de outubro: 2
  • 30 de outubro: 3
  • 6 de novembro: 7
  • 13 de novembro: 11
  • 20 de novembro: 18

Todas as vítimas, segundo a plataforma da SSP, são jovens, de até 39 anos de idade. O perfil é o mesmo apresentado pelo Monitor da Violência, do G1, que contabilizou de janeiro a setembro deste ano, 3.832 assassinatos na Bahia (3.832), o maior número absoluto do país. Na última semana, houve trocas de tiros nos bairros de Fazenda Grande do Retiro, Plataforma, Bom Juá, no Lobato, em São Cristóvão e na Boa Viagem. Na quarta-feira (18), seis suspeitos de integrar um grupo criminoso foram mortos e um policial militar foi baleado no rosto, no bairro de Águas Claras. Por causa do confronto, os ônibus pararam de circular nos dois bairros.

Nesta segunda-feira (23), a polícia fez operações no bairro de Valéria, em Salvador. A região registrou tiroteio entre grupos criminosos rivais, durante a madrugada. A Secretaria da Segurança Pública afirma que investigações preliminares apontam envolvimento da maior parte das vítimas com o tráfico de drogas e que determinou que as Polícias Militar e Civil reforcem as ações nos bairros onde os crimes aconteceram. Desde outubro, policiais da reserva estão sendo convocados para aumentar a quantidade de PMs nas ruas.

“Esses policiais da reserva, eles voltarão para o serviço administrativo, e aqueles que estavam no serviço administrativo, que têm a capacidade operativa, sim, eles voltarão às ruas. Para quê? Para que possamos ter uma força maior. União, força, prudência, competência, para que a sociedade possa ter aquilo de melhor. Sua vida preservada e direito de ir e vir garantido”, disse o comandante de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar, coronel Humberto Sturaro.