O mecânico que foi baleado por um policial militar em uma loja de reparos em radiadores automotivos, na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, fez uma cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE) e sofre com dores. A informação foi divulgada por um familiar da vítima, que preferiu não ser identificado.

“Ele não consegue se mover de forma nenhuma, no leito em que ele se encontra. Ele sente muitas dores, muitas dores. Ele teve algumas fraturas, derivadas desses disparos. Estamos aguardando o processo de recuperação. Não tem previsão de alta”, contou.

Conforme a Polícia Civil, o caso aconteceu na segunda-feira (11), após o PM, lotado no 18º Batalhão da Polícia Militar, que fica no Pelourinho, ficar insatisfeito com o serviço prestado pela vítima, identificada como Célio Perpétuo Soares, de 54 anos.

Após pegar o carro no estabelecimento, o PM voltou ao local para fazer uma reclamação, discutiu com o funcionário e atirou nele. O policial foi preso minutos depois, ainda no estabelecimento.

Segundo os parentes de Célio Perpétuo, o suspeito de cometer o crime procurou a vítima outras vezes para fazer a reclamação, mas não a encontrava.

“Uma atitude realmente mal intencionada. Já era um rapaz que já vinha há alguns dias procurando discussões com ele. E de todos as formas ele [Clécio] tentando evitar, mas, infelizmente, não obteve sucesso em relação a paz. E esse rapaz acabou provocando esse ato”, explicou o familiar do mecânico.

De acordo com os funcionários da loja, a vítima estava acompanhada por outro funcionário e um cliente, no momento do crime. O PM chegou ao local reclamando do serviço e fez os disparos. O cliente que presenciou a ação chegou a implorar para que o suspeito parasse de atirar.

A Polícia Civil informou que Célio Perpétuo foi atingido no tórax e na perna. A vítima foi socorrida e levada para o HGE, onde segue internada.

Em nota, a PM informou que o policial foi preso em flagrante por uma guarnição da 14ª CIPM, que estava passando pelo local. Ele foi encaminhado para a 7ª delegacia e foi conduzido para a Corregedoria da PM. O caso é investigado na delegacia do Rio Vermelho. G1