O secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou na manhã desta quinta-feira (19) que ele e a equipe foram barrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quando tentavam fazer inspeções em voos que saíram de São Paulo e Rio de Janeiro – cidades com casos de contaminação comunitária do coronavírus – e que pousaram no aeroporto de Salvador. A primeira tentativa de fazer a inspeção ocorreu na noite de quarta-feira (18), quando a equipe foi barrada. Na manhã desta quinta, quando falou à imprensa sobre o caso, o secretário voltou a ser barrado. [Veja momento acima]

“Nós viemos ontem aqui no aeroporto, pela manhã, junto com a administração do aeroporto e da Anvisa local. Credenciamos e realizamos crachás para toda a equipe da secretaria que veio trabalhar no aeroporto e, ontem à tarde, quando viemos abordar o primeiro avião que desembarcou de SP, houve uma determinação superior. Disseram que a Anvisa pediu para que cassassem os crachás que foram fornecidos à equipe do estado. A Polícia Federal cassou os crachás e proibiu a entrada e da divisão epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde”, disse.

O secretario afirmou que não há justificativa para a medida feita pela Anvisa. “No desembarque interno do aeroporto, onde nós iríamos abordar os passageiros provenientes dos estados de SP e RJ para a simples aferição da temperatura e verificação se a pessoa estava com sintomas respiratórios. É uma ação que não traz nenhum risco à população. Não há justificativa técnica, não há justificativa operacional. Isso não irá atrasar o desembarque das pessoas. A medida da temperatura dura cinco segundos”, completou.

Ele disse ainda que, ao impedir a inspeção dos passageiros, a Anvisa impede que um serviço de segurança seja oferecido para todo o estado. “É uma atitude para proteger o estado da Bahia e estamos sendo proibidos de poder oferecer ao nosso estado essa segurança. Estamos vendo uma total desproteção de voos internacionais, nada é feito. E também de voos de regiões que possuem a sabida transmissão de comunitária como São Paulo”, disse. Por causa da situação, a o governador da Bahia, Rui Costa (PT), vai pedir a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que entre, ainda nesta manhã, com uma ação federal na Justiça para permitir a ação da secretaria de saúde. G1