O novo ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes de Freitas, fala à imprensa, no CCBB.

Após rechaçar o ataque sofrido por Vera Magalhães sem citar o autor das agressões, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse ter telefonado para a jornalista e pedido desculpas pelas agressões do deputado bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP) durante debate, na noite desta terça-feira (13).

“Eu telefonei e pedi desculpas por esse cara [Douglas Garcia] estar lá com uma credencial cedida pela minha campanha. Eu mal conheço, nem tenho contato com esse idiota”, disse o ex-ministro e candidato ao governo de São Paulo à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

“É o fim da picada. Não precisamos desse tipo de violência e de agressão”, acrescentou, afirmando que não dormiu direito após o incidente envolvendo o parlamentar, que era integrante de sua comitiva no debate. “Fiquei muito triste, muito mesmo”, disse o candidato que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Se soubéssemos que ele iria lá para isso [agredir a jornalista], jamais teríamos cedido a credencial. Ele traiu a minha confiança”, afirmou Tarcísio de Freitas. “O cara fez isso [atacar Vera] para aparecer, pegou a credencial para me usar, aparecer para um eleitorado radical. É lamentável”, pontuou o candidato, que disse entender o papel da imprensa de fazer “perguntas duras” e afirmou que aqueles que disputam cargos públicos devem responder às indagações. “Nunca reclamei”, disse ele.

Questionado a respeito do comportamento de Bolsonaro, que protagonizou diversos ataques à imprensa, em especial às jornalistas mulheres, ele tentou se distanciar. “O presidente é uma pessoa, eu sou outra. O presidente cresceu no conflito. Ele é um fenômeno político, que tem densidade grande, arrasta multidões. Dá caneladas que eu acho que não precisaria dar. Eu não tenho as mesmas características dele nem pretendo imitá-lo. Estou fazendo campanha pela primeira vez e tenho aprendido muito”, declarou.

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