Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O técnico Rogério Ceni surpreendeu na escalação do Bahia para enfrentar o Palmeiras. Optou por uma linha de três zagueiros e ainda mandou a campo um time ‘mistão’, com sete mudanças na escalação. Mas o tricolor acabou sofrendo a segunda derrota seguida no Campeonato Brasileiro: 1×0 para o alviverde no Allianz Parque, gol de Raphael Veiga.

Em entrevista coletiva após o jogo, Ceni justificou a escolha por uma equipe quase reserva, citando o desgaste físico e o grande número de atletas pendurados.

“Tentamos segurar hoje jogadores que estavam mais propensos a lesão. Dois nós colocamos, Rezende e Raul Gustavo. Um deles teve lesão de posterior. O tempo é muito curto, recuperação, intervalo, viagem. (…) Jogos a cada três dias, o risco de lesão acontece. Tiramos alguns jogadores pendurados porque precisamos de um time para jogar na Fonte Nova, contra o Fluminense. Temos cinco jogos em casa, vencemos os dois últimos. O torcedor tem que acreditar, marcar presença e incentivar. Temos que vencer os jogos em casa”, explicou.

O técnico ressaltou que o Bahia tinha utilizado o sistema tático no triunfo sobre o Goiás, e voltou a treinar a alternativa recentemente. Para Ceni, apesar do resultado negativo, o Bahia fez uma partida competitiva, diferente do ‘péssimo jogo’ contra o Cruzeiro.

“Como esperado, o Palmeiras teria uma maior posse de bola. As chances que o Palmeiras criou no primeiro tempo foram de erros de passe de fora para dentro, onde é mais difícil em um campo rápido como esse, que não estamos acostumados a jogar. O sistema a gente já tinha trabalhado contra o Goiás, uma linha de três. Trabalhamos semana passada e ontem [sexta-feira]. Sistema bem definido para marcar o Palmeiras, bem encaixado. Lado direito trabalhamos bem, na pressão. Lado esquerdo, falhamos um pouco. Mas, no geral, acho que não foi um jogo ruim. Diferente do Cruzeiro, que foi um jogo péssimo, hoje competimos bastante”, avaliou.

“O árbitro matou bastante, com cartões, pendurando, irritou. No fim, a expulsão. O Palmeiras tem um grande time, mas se não tivéssemos cometido o erro de passe por dentro, acho que poderíamos ter saído daqui com pelo menos um ponto”, completou o técnico, que também falou sobre a velocidade do gramado sintético do Allianz Parque.

“Se não tivéssemos cometidos erros que treinamos para não cometer… Porque esse campo é um pouco diferente, o domínio escapa um pouco mais para quem não está acostumado. Isso não é reclamação, tá? É uma constatação da velocidade do gramado. Não temos esse costume. Infelizmente, erramos um passe e ocasionou o gol do Palmeiras”.

Após dois resultados negativos fora de casa, o Bahia voltará à Arena Fonte Nova e tentará reencontrar o caminho dos triunfos diante do Fluminense. A partida está marcada para terça-feira (31), às 19h, pela 31ª rodada da Série A. Ceni pediu o apoio dos torcedores

“Jogar perto de nosso torcedor é fundamental. Vimos nos jogos contra Inter e Fortaleza. O time podia estar cansado, mas o torcedor nos manteve vivo durante todo o jogo. Nós temos cinco dos últimos oito para jogar em casa, temos que fazer nosso dever de casa. E, se possível, conseguir vitórias fora. Conseguimos contra Coritiba e Goiás, não é impossível vencer. Mas vencer o Palmeiras é um pouco mais difícil”, disse Ceni. Correio da Bahia