Três mulheres grávidas diagnosticadas com Covid-19 tiveram de antecipar o parto por complicações da doença na noite de quarta-feira (4) e precisaram ser internadas em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Salvador. Das três mulheres, duas mulheres precisaram ir para UTI e uma está internada em um leito clínico. Elas tinham 22, 23 e 37 anos.

O Instituto Couto Maia, referência no tratamento da Covid-19, recebeu seis mulheres em fase de pós-parto, no período de um ano, que precisaram ser internadas na UTI. “As que nós tivemos aqui, todas foram estado grave e foram para a UTI. Os bebês ficam na maternidade, geralmente nascem prematuros e precisam ficar na UTI da maternidade para ganharem peso e terem alta”, esclarece a diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes.

Ceuci Nunes explica que tem notado um aumento nos casos de complicações na gravidez ou no pós-parto em mulheres com Covid-19. “A gente não tinha isso estabelecido para Covid-19 como a gente tinha para H1N1, que a gente sabe que a grávida é um risco altíssimo para H1N1, mas estamos vendo um número de mulheres grávidas mais acometidas até no início da pandemia, isso precisa ser estudado para saber se a Covid-19 é fator de risco para grávida”

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), de março de 2020 até 20 de fevereiro, 285 gestantes foram diagnosticadas com Covid-19. Na Maternidade José Maria de Magalhães Netto, unidade referência em neonatologia, das 59 grávidas que chegaram na unidade para o parto e testaram positivo para Covid-19, 18 foram a óbito.

“Essas mães deixaram um bebê órfão. Isso é muito trágico”, conta a diretora.
Para gestantes ou mulheres que estão no pós-parto, Ceuci Nunes reforça a importância de seguir os protocolos de prevenção à Covid-19. “É uma alegria ter um filho, é uma alegria voltar para casa depois de uma doença, mas a gente tem que se resguardar. A gente está vendo as novas cepas, vendo que a reinfecção é maior, então a gente precisa de distanciamento, máscara e higienização das mãos.” G1