Além de ser investigado por racismo pela Polícia Civil de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, o vereador Sandro Fantinel também virou alvo do Ministério Público do estado (MP-RS) por causa de suas falas contra os trabalhadores baianos encontrados em situação de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves. O órgão vai abrir investigação civil e criminal contra Sandro Fantinel, que foi expulso do Patriotas, partido que integrava. Em seu discurso no plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, na última terça-feira (28), o edil disse para empresas e produtores rurais do Sul do país contratarem funcionários “limpos” para a colheita da uva, e não deveriam buscar “aquela gente lá de cima”, se referindo aos nordestinos. Os 192 trabalhadores resgatados tinham entre 18 e 57 anos e trabalhavam para a empresa Oliveira & Santana, que presta serviços terceirizados para vinícolas de Bento Gonçalves, como Aurora, Santon e Garibaldi. As três dizem que não tinham conhecimento da situação relatada pelos trabalhadores e que repudiam violações de direitos humanos.