Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a ciência e as vacinas e classificou como “um desafio” a defesa da democracia no ano eleitoral de 2022. Pacheco também criticou a disseminação de desinformação e fake news.

As declarações foram dadas durante discurso na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional. Pacheco, cotado para ser candidato do PSD à Presidência, fez o pronunciamento ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que deve disputar à reeleição pelo PL.

Ao falar sobre a pandemia, Rodrigo Pacheco destacou que as redes sociais e a velocidade dos meios de comunicação “serviram a propósitos invertidos que […] atentaram contra a saúde pública através da difusão impressionante de desinformação”.

“Apesar disso, passamos a usar máscaras na nossa rotina, nos isolamos de familiares, amigos e colegas de trabalho, esperamos ansiosos por vacinas que salvariam – e salvaram – vidas”, afirmou Pacheco.

“O poder público tem a obrigação de proteger sua população com ciência, informação, equipamentos públicos e vacina”, acrescentou o presidente do Senado.

O discurso de Pacheco contrasta com posturas do presidente Jair Bolsonaro, que, durante a pandemia, adotou posicionamentos contrários aos que eram defendidos por especialistas e autoridades em saúde. No campo da desinformação, Bolsonaro, com frequência, defendeu medicamentos e teses ineficazes contra a Covid.

Eleições

Pacheco também destinou parte do pronunciamento ao processo eleitoral de 2022. O presidente do Senado afirmou que a defesa da democracia será “um desafio” neste ano. Ele também criticou a polarização na política.

“É papel do Congresso Nacional buscar substituir a polarização pela união nacional em prol do bem comum”, afirmou o senador.

O presidente do Senado defendeu o “debate de ideias” entre os candidatos, “concretude de propostas” e “respeito às divergências”.

“Das instituições da República, esperemos a fiscalização e punição daqueles que atentem contra o processo eleitoral; do eleitor, roguemos senso crítico e responsabilidade para distinguir fatos verdadeiros das inaceitáveis fake news”, declarou.

Rodrigo Pacheco disse ainda que caberá aos perdedores no processo eleitoral “respeitar o resultado das urnas”.

Presidente da República, Jair Bolsonaro é alvo de inquérito no STF que apura, entre outros pontos, ataques, sem provas, feitos por ele às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país. G1