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O Bahia viveu uma tarde que ficará na memória do clube. Em um duelo histórico, o Esquadrão venceu o Goiás por 6×4, no estádio da Serrinha, em um confronto direto na luta contra o rebaixamento. Foi a primeira vez que o Esquadrão bateu o rival fora de casa pela Série A.

Para o técnico Rogério Ceni, a partida também teve gosto especial. Após o duelo, o treinador revelou que nunca havia participado de um duelo com dez gols desde que passou a ocupar o posto de comandante. Ceni aproveitou para parabenizar o atacante Everaldo. Alvo de críticas, ele foi bancado entre os titulares e marcou três gols.

“Eu fico muito feliz por ele, acho que é natural, o 9 vive de gols. A cobrança do torcedor é compreensível, mas o importante é que hoje ele fez gols, teve uma participação importante. O Ratão também fez essa função de 9 depois em parte do segundo tempo”, iniciou ele.

Contra o Goiás, o Bahia abriu 3×1, mas levou o empate ainda no primeiro tempo e sofreu a virada no início do segundo. O tricolor conseguiu dar a volta por cima marcando mais três gols. Ceni destacou a luta dos jogadores para conseguir o resultado, mas não escondeu que os problemas também precisam ser corrigidos.

Ele explicou que a mudança tática promovida pelo Goiás ao ficar com dois centroavantes alto prejudicou a marcação do Esquadrão.

“Mostra um pouco de desorganização defensiva, senão não aconteceria [10 gols], não podemos esconder, mas também teve muita alma, desejo de vencer. Saímos ganhando o jogo, o Goiás apostou tudo aos 30 minutos do primeiro tempo, tirou um volante e ficou com dois centroavantes, eu não tinha treinado isso, esperei o intervalo para fazer a mudança e foi onde tomamos dois gols. Depois virou um jogo de trocação, todo mundo querendo vencer pois a vitória era fundamental para manter ou ganhar a posição na tabela. Acho que isso levou ao placar”, disse.

“O importante foi conquistar o triunfo que a gente leva para Salvador. Temos dois jogos em casa, contra um adversário que está na final da Sul-Americana [Fortaleza], e outro que esteve perto da final da Libertadores [Internacional]. Adversários de alto grau de dificuldade, mas teremos tempo para pensar as estratégias”, completou.

Além de Everaldo, outro que ganhou elogios do treinador foi o meia Cauly. Recuperado de lesão no joelho, o camisa 8 atuou pela primeira vez sob o comando de Rogério Ceni e teve participação destacada. Foram três assistências e um golaço que acabou anulado por impedimento.

“Foi um jogo especial de Everaldo, de Cauly, que estava fora de ritmo e nós apostamos. O Everaldo é o 9 do Bahia é o jogador que estará à frente do time nessas próximas 12 rodadas. Ele, Ratão, Mingotti, quem entrar nessa vaga. Estão todos de parabéns, o Thaciano, Yago, Rezende, que mesmo com o pênalti cometido não se abateu”, finalizou. Correio da Bahia