Foto: Tiago Caldas / EC Bahia

A partida entre Internacional e Bahia , neste sábado, na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro, conta com um personagem que gerou disputa entre os clubes bem antes de a bola rolar. Alvo do Colorado no início desta temporada, o volante Jean Lucas encontra a equipe gaúcha.

Jean Lucas chegou a conversar com o Internacional, mas optou pelo projeto apresentado pelo Bahia. E o Esquadrão não deixou passar. Ao anunciar o jogador, o clube provocou ao divulgar uma imagem do volante usando um “chapéu”.

Em entrevista ao ge, o meio-campista relembrou a negociação com o Inter e explicou o que o levou a decidir fechar com o Bahia. Jean Lucas assinou contrato com o Tricolor até o fim de 2028.

– Acho que se tiver vaia acho que é normal. Teve sim a proposta, cheguei a conversar com eles, mas o Bahia me apresentou um projeto. Conversei com meus pais, esposa, a gente achou melhor vir para cá – recorda.

O volante também projetou a partida contra o Internacional, que não atravessa bom momento e não vence há três partidas.

O Internacional é um grande clube, instituição. Sei que vai ser muito difícil, na casa deles, com a torcida deles. Provavelmente o estádio vai estar lotado, é um sábado, mas temos tudo para fazer um grande jogo e buscar o resultado”.

— Jean Lucas

A escolha de Jean Lucas, ao menos nesses primeiros meses, parece acertada. O volante vive fase artilheira no Bahia, com cinco gols em 18 partidas, incluindo na vitória da última quarta-feira, por 3 a 0, sobre o Náutico, que garantiu o clube na semifinal da Copa do Nordeste.

Mas o meio-campista ainda não balançou as redes em 45 partidas de Campeonatos Brasileiros disputadas por Flamengo e Santos ao longo da carreira. Com a confiança em alta nesta temporada, Jean Lucas quer mudar essa realidade.

– Claro, venho buscando isso, fazendo gols, ajudando a equipe. E, nesse Brasileiro, vou buscar, sim, fazer os gols, ajudar a equipe, primeiramente com assistências, marcação, prioridades no campo. Mas procuro dar sequência nesse trabalho – explicou Jean Lucas.

O Bahia estreia no Brasileirão como visitante, mas isso não deve alterar o modelo de jogo do Tricolor, que tem como referência a posse da bola liderada pelo quarteto criativo formado por Caio Alexandre, o próprio Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly.

Jean Lucas, inclusive, aprova a filosofia da equipe montada por Rogério Ceni, mesmo com uma intensa maratona de jogos. O Bahia vem de clássico pelo Baianão, no último domingo, além da já mencionada partida eliminatória da Copa do Nordeste, na quarta-feira.

– A gente tem nosso modelo de jogo, que é a posse de bola, sim, dentro do campo do adversário, para furar a linha, fazer o gol. Acho que a gente vai continuar nosso modo de jogar, vamos ver o que o professor Rogério vai falar para fazer um grande jogo e buscar o resultado.

Com experiência de ter defendido três equipes do futebol francês (Lyon, Brets e Monaco), Jean Lucas destaca o nível de competitividade do Campeonato Brasileiro como mais um ponto de dificuldade a ser encarado.

– Brasileirão é muito competitivo. Já joguei na França. Lá também são pontos corridos, mas as equipes menores não estão no mesmo nível das grandes. Aqui todos os times são do mesmo nível. Não tem jogo fácil, todos são difíceis, fora ou dentro de casa. Acho que essa é a diferença.

Essa dificuldade também pode ser percebida nos adversários que o Bahia terá pela frente logo após enfrentar o Inter. Na próxima terça-feira, o Tricolor recebe o Fluminense, na Fonte Nova (ingressos à venda). Cinco dias depois, disputará o quinto Ba-Vi do ano, no Barradão.

“Espero que a gente possa fazer um grande ano, início de temporada foi muito bom, de toda equipe, elenco. No Brasileiro a gente tem muito a crescer, chegar lá em cima, no topo”. Globoesporte