O governo Lula deve oferecer novos cargos, de segundo escalão, ao União Brasil. O objetivo é evitar uma rebelião na legenda, diante da saída iminente da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, hoje da cota do partido.

Nesta semana, Daniela do Waguinho e mais cinco deputados pediram ao TSE autorização para deixarem, sem punições, o União Brasil, alegando perseguição da direção nacional.

O presidente da legenda, Luciano Bivar, diz que não vai aceitar a perda do ministério. Deputados da sigla também vão protestar, mas aceitam outros cargos de segundo escalão.

Eles alegam que o Ministério do Turismo não tem força política e que algumas estatais e autarquias têm mais poder que a pasta hoje na cota da legenda.

As negociações estão sendo feitas pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e vão se acelerar com a volta do presidente Lula da China.

A ministra do Turismo deve migrar para o Republicanos. Com isso, o governo não pretende retirá-la do posto, fazendo assim um gesto de aproximação com a legenda, que apoiou Bolsonaro mas se distanciou do ex-presidente.

O Palácio do Planalto tem pressa em solucionar essa crise no União Brasil, que tem 59 deputados, diante da proximidade de votações importantes e de interesse do presidente Lula. Entre elas, a das medidas provisórias editadas pelo novo governo e, principalmente, do novo arcabouço fiscal. Por Valdo Cruz/G1