A mulher de 39 anos que foi baleada na manhã desta quinta-feira (10), no Parque Júlio Cesar, no bairro da Pituba, em Salvador, teve morte confirmada. A informação foi divulgada pelo coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o médico Ivan Paiva, e pela Polícia Civil. A estilista Tatiana Fonseca saía da garagem do prédio onde morava para passear com o cachorro quando o ex-namorado se aproximou e atirou contra ela.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi identificado como João Miguel Pereira Martins, conhecido como DJ Frajola, de 40 anos. Após o crime, ele suicidou-se no apartamento onde morava, no bairro do Caminho das Árvores, vizinho à Pituba. De acordo com a polícia, João Miguel já havia sido preso pela Deam de Brotas, em 2012, depois de sequestrar e torturar uma ex-namorada. Em 2016, ele foi denunciado por outra ex, por estar perseguindo e ameaçando a mesma.

Um morador da região informou que viu o momento em que João Miguel atirou contra Tatiana. “Ela gritou: ‘não, não’. E ele continuou. Depois ela não se pronunciava mais. Vi com arma na mão carregando a arma na mão esquerda, de óculos, cabelo preto, de barba. Eu vi ele saindo da garagem pelo portão e saindo correndo. Ele estava sozinho, entrou em um carro preto. Na hora que ele deu o tiro, o porteiro saiu correndo gritando pega a placa, porque viu ele em direção a um carro”, disse Angelo Vieira.

Amigos da vítima que foram ao prédio onde ela foi baleada, na Pituba, informaram que Tatiana havia se mudado para um prédio na região há cerca de uma semana, justamente para que o ex não soubesse a localização dela. Ela teria observado comportamentos agressivos e decidiu romper o relacionamento, que durou cerca de um mês, conforme detalharam os amigos da vítima.

“Ela estava com muito medo dele porque ele já estava coagindo ela, ameaçando, de alguma forma tirando a privacidade dela e foi aí que ela resolveu se mudar. Foi quando ela percebeu algumas atitudes estranhas vindo dele aí ela decidiu terminar o namoro. Ele começou a postar fotos com ela em rede social, em perfil de WhatsApp e ela não gostou”, disse uma amiga que preferiu não se identificar. A amiga conta, que esmo com o término do namoro, João Miguel se comportava nas redes sociais como se o relacionamento continuasse.

“Ele continuava fazendo isso [publicando fotos com Tatiana nas redes]. Aí ele foi excluir as redes sociais dele e começou a perseguir ela indo no prédio, coagindo ela coagindo os porteiros fazendo muitas perguntas dela. A gente ainda incentivou ela a ir na delegacia, incentivou ela denunciar, só que ela estava com muito medo. Ela não conseguiu e preferiu se mudar para ver se ele parava de procurar ela”, detalha a amiga.

Após ser atingida pelos disparos, Tatiana recebeu socorro do Samu ainda no local. Ela teve parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE). “Conforme as informações que colhi, ela teve uma parada cardiorrespiratória na porta do hospital (HGE) e foi levada para dentro do hospital para continuarem os procedimentos, mas não resistiu”, disse Paiva.

A delegada Milena Calmon já ouviu funcionários do prédio onde ocorreu o crime e familiares da vítima. As imagens do circuito de segurança do prédio também foram solicitadas. Inicialmente, apurou-se que João e Tatiana se relacionaram por apenas 38 dias e ela decidiu romper, depois de descobrir que ele já havia sido preso por violência doméstica. Além da equipe do Samu guarnições das polícias Civil e Militar foram ao local. Não há detalhes sobre sepultamento. G1