Foto: Pedro França / Agência Senado

O ministro da Justiça, Flávio Dino, criticou nesta segunda-feira (24) o que chamou de “ideia de minimização” e “desqualificação” dos avanços anunciados na investigação do assassinato da então vereadora carioca Marielle Franco. Dino também negou eventual “interferência política” por parte do governo Lula na condução do caso.

Mais cedo, nesta segunda, Dino anunciou acordo de delação premiada com Élcio de Queiroz, preso preventivamente e réu por envolvimento no assassinato de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.

Na delação, Élcio confessou envolvimento no atentado, confirmou participação do policial militar reformado Ronnie Lessa e indicou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no crime.

A declaração e provas obtidas no inquérito embasaram operação desta segunda da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio que prendeu Suel, já condenado por tentar atrapalhar as investigações.

Sem mencionar nomes, o ministro afirmou que, ao longo desta segunda, houve uma tentativa de reduzir os “passos dados” na apuração do crime.

“Houve hoje, infelizmente, uma ideia de minimização do passo dado. Houve uma tentativa de desqualificação do passo dado. Inclusive, por pessoas que se omitiram durante anos – por medo, por conveniência, por conivência – e que agora tentam desqualificar o que foi feito”, disse.

O ministro classificou o avanço das investigações como “muito importante”. De acordo com ele, a apuração é uma prioridade da Polícia Federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Friso que essa investigação é uma prioridade do presidente Lula. É uma determinação do presidente Lula. Pela Marielle, pelos fatores políticos no sentido específico, mas, sobretudo, por essa compreensão que ela é uma investigação que tem um sentido mais amplo, mais largo”, afirmou. G1