O ministro da Saúde, Ricardo Barros acusou o Judiciário de fazer “jogo político” com o Congresso por conta do projeto de lei de abuso de autoridade. À jornalista Andreia Sadi, ele afirmou que as prisões do ex-ministro Geddel e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, só aconteceram porque a havia a possibilidade de votar a proposta.

 

“A Justiça não está aí para fazer efeito político das coisas. Aí você lembra: 'ah, vai votar abuso do Judiciário?' Prende Eduardo Cunha. Aí vai votar de novo o abuso do Judiciário, costuram os líderes? Prende o Geddel. Eles fazem um jogo muito claro de ação política sobre as decisões do Congresso, ficam constrangendo, ameaçando”, declarou o ministro.

 

Correligionário de Paulo Maluf (PP-SP), ele também reclamou do fato da prisão do deputado acontecer logo antes do recesso do judiciário. Na avaliação dele, a decisão deixou o parlamentar “pendurado” até fevereiro. “O processo dele [Maluf] já estava lá há seis meses para dar esse despacho. Vai dar o despacho na boca do recesso do Judiciário para o cara ficar pendurado. Todo mundo é inteligente, sabe pensar, sabe fazer conta”, comentou.

 

ambém em entrevista a Andreia Sadi, Barros elogiou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por coibir as prisões temporárias e as conduções coercitivas.