O ministro da Justiça, Sérgio Moro, passou o dia em reunião com parlamentares para defender o pacote anticrimes. O ministro Sérgio Moro se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas. Foi apresentar o pacote de combate à corrupção e ao crime organizado.

O projeto que altera 14 leis ainda vai ser entregue ao Congresso. A tramitação vai começar pela Câmara, justamente onde Moro passou parte da tarde, reunido com a frente parlamentar da segurança pública, a chamada bancada da bala. Um encontro fechado, apenas para os deputados.

O ministro falou durante quase duas horas. Repetiu várias vezes que o governo quer receber sugestões. Moro voltou a defender a proposta que trata da legítima defesa no caso de policiais em serviço, o chamado excludente de ilicitude, uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.

“Temos a legítima defesa prevista no Código Penal, nós apenas descrevemos na lei situações que podem acontecer em concreto que já seriam reputadas como caracterizadoras da legítima defesa. Uma refém numa situação de poder ser assassinada por um criminoso, o policial poder tomar alguma atitude em relação a isso se as circunstâncias permitirem”, disse Moro.

Alguns parlamentares cobraram ainda mais diálogo. “Vamos ter muitos debates pela frente. Muita coisa precisa ser esclarecida para que essa lei venha defender o povo brasileiro contra a violência”, disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).

O coordenador da frente parlamentar de segurança, Capitão Augusto (PR-SP), disse que o projeto foi bem recebido; ele considera que alguns pontos podem ser aprovados ainda neste semestre.

“Não teremos grandes problemas para a aprovação desses projetos. Então, eu estou bastante otimista, realmente, que neste semestre ainda nós vamos conseguir aprovar boa parte do que foi proposto hoje”. G1 Foto: Alan Santos / PR