Agência Brasil

Na avaliação do deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO) o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), se afastou das pautas sobre o combate à corrupção. “Quando ele fragilizou o Coaf, não fez nada pra ficar com Moro [Ministro da Justiça], quando interferiu no Ministério Público não nomeando um procurador-geral dentro da lista”, disse ao BNewsnesta segunda-feira (28).

O parlamentar perdeu o cargo de líder do PSL na Câmara dos Deputados após movimentação do núcleo bolsonarista da sigla para nomear Eduardo Bolsonaro (SP) como o novo líder. Delegado Waldir também citou um suposto afastamento de Bolsonaro em relação à defesa das Forças Armadas como um dos motivos para o “racha” no PSl.

“Ele tem trabalhado apenas pra conseguir benefício de 75% para os generais das Forças Armadas. Não sou contra, agora, dar 6% para praça, pra soldado,cabo e sargento…Defendemos, já que ele disse no início que a Previdência seria igualitária, que esse benefício se estenda a todos”, afirmou.

Nesta segunda, o presidente chegou a cogitar a possibilidade de fundar um novo partido. “Tranquilo, é um direito dele. O PSL vai estar defendendo os nossos ideais de fundação do partido. Houveram algumas propostas de campanha que temos perfil semelhante e defendemos – defesa da família, da pátria -, mas, em relação ao combate à corrupção e base eleitoral do presidente, que eram as Forças Armadas, o presidente se afasta”, concluiu.

A crise na sigla, iniciada após críticas de Bolsonaro à condução de Bivar, como pedido de mais transparência na prestação de contas, culminou na tentativa de suspensão de parlamentares e destituição de líderes partidários. O filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSl-SP) ocupou a liderança do partido na Câmara, após Delegado Waldir sair do cargo. Agência Brasil