Foto: Zeca Ribeiro I Agência Câmara

Sem mandato a partir do próximo ano após perder a disputa ao Senado para Otto Alencar (PSD), o deputado federal Cacá Leão (PP) tem dito aos aliados que vai se dedicar a “cuidar da vida” e ajudar ao pai, João Leão (PP), em Brasília.

Atual vice-governador da Bahia, João Leão foi eleito deputado federal nas eleições deste ano. Ele era candidato a senador na chapa de ACM Neto (União Brasil), mas desistiu após passar mal em um evento no interior do estado. Leão, então, indiciou o filho para ser postulante ao Senado, que acabou em segundo lugar com 25% dos votos válidos. O senador Otto Alencar foi reconduzido ao posto com 58% dos votos válidos.

Correligionários de Cacá Leão disseram à Tribuna que o deputado federal, que termina o mandato em 31 de dezembro deste ano, não pretende ser candidato a prefeito de Lauro de Freitas em 2024. Em 2004, ele disputou a prefeitura desta cidade contra Moema Gramacho (PT), que acabou sendo eleita. 

Aos aliados, o parlamentar tem dito que seu plano é “ajudar Leão a tocar o mandato”, e acredita que “quatro anos passa rápido”. Logo, então, voltará a ter mandato.

Já ACM Neto, que perdeu a disputa ao governo da Bahia para Jerônimo Rodrigues (PT), tem dito que usará os próximos dois meses para refletir sobre o futuro da política. Ao jornal Valor Econômico, interlocutores do ex-prefeito de Salvador também disseram que ACM Neto deve seguir “um caminho fora da política” pelo menos no curto prazo.

A leitura é que a iniciativa privada pode ser o destino mais coerente com sua trajetória como político e dirigente partidário, uma vez que ele é percebido pelos pares com perfil de gestor. Apesar disso, prevalece o entendimento que a saída da política “será uma espécie de sabático” e há a expectativa de um retorno no futuro. 

 Pessoas próximas de ACM Neto descartam a possibilidade de ele ser sondado para um cargo no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pontuam que, se o convite ocorresse, ele teria dificuldades em aceitar exatamente por ter o PT como seu principal adversário local.

Tribuna