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A terceira fase da Operação Resgate retirou, em todo o mês de agosto, 532 pessoas de situações de trabalho análogo à escravidão. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho. A fiscalização ocorreu em 22 estados e no Distrito Federal. Resultado de uma parceria entre seis órgãos federais, a ação foi a maior já realizada para investigar esse tipo de violação. O número equivale a um quinto do total de resgates registrado em 2022. No último ano, segundo a pasta, 2.575 trabalhadores foram resgatados dessas condições.

O trabalho análogo à escravidão é definido pelo Código Penal como o ato de submeter alguém a “trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto”. À imprensa, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo mantém o desejo de “zerar esses números” e que há um esforço para operações de combate ao trabalho análogo à escravidão.

“Estamos imbuídos de esforço grande nas operações de combate ao trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil […] Não é possível que a gente continue tendo em instituições, empresas e pessoas físicas que coloque o ser humano em trabalho análogo à escravidão. Isso é uma agressão aos direitos humanos, é inaceitável. Precisamos dizer chega, basta, não é possível.”

“Precisamos zerar esses números e é o que nós desejamos”, acrescentou. O Ministério do Trabalho estima que os trabalhadores que sofreram violações já receberam cerca de R$ 5 milhões em verbas rescisórias e danos morais coletivos. O valor, segundo a pasta, pode subir com o término de negociações em andamento. G1