Aos gritos de “Bolsonaro Traidor”, um grupo de parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsoanro, e de delegados protestou nesta última terça-feira (2), contra a não inclusão do abrandamento das regras para a aposentadoria de policiais civis e militares no relatório da reforma da Previdência.

Segundo o deputado Coronel Tadeu (PSL), os parlamentares do partido ligados à área de segurança, que integram a chamada bancada da bala, podem deixar a votação do projeto caso as reivindicações não sejam atendidas. Diante do imbróglio, o PSL já avalia liberar o voto da bancada no plenário da Câmara caso um acordo sobre o assunto não seja viabilizado.

Nesta última segunda-feira (1), os parlamentares se reuniram com o relator do projeto, deputado Samuel Moreira (PSDB), e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para tentar incluir as demandas da categoria, o que evitaria que integrantes do PSL apresentassem destaques sobre o tema.

Moreira, porém, sinalizou que não iria ceder às pressões, seguindo o raciocínio do ministro da Economia, Paulo Guedes, que considera que alterações nesta direção podem desidratar o projeto da reforma previdenciária.

Para o deputado e coordenador da bancada do PSL na Comissão Especial que trata da reforma, Alexandre Frota (PSL), a possibilidade de alguns parlamentares não votarem a reforma não é “problema algum”. Eles estão no direito deles. Apesar do PSL ter fechado questão, podemos reabrir a discussão e liberar a bancada na votação no plenário”, afirmou.