agencia brasil

A violência armada contra mulheres registrou 154 vítimas, feridas e mortas, no ano de 2023. De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, 97 destas mulheres que foram baleadas neste ano faleceram. Entre os números coletados pelo Instituto, que produz e divulga dados abertos e colaborativos sobre violência armada, somente no mês de novembro (01/11 até 20/11) 16 mulheres foram vítimas da violência armada: oito foram mortas e oito feridas.

“Tem um crescimento no número de feminicídios, mas esse não é tão expressivo assim para explicar esse aumento grande no número de mulheres baleadas, ele vai muito além das questões de feminicídio. As operações policiais que, muitas vezes, acontecem em comunidades e acabam vitimando membros dessas comunidades, e a questão de fogo cruzado nas disputas por espaços dentro dos territórios conflitados acabam também levando a morte, inclusive, por bala perdida”, explica o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Horácio Nelson Hastenreiter.

De acordo com dados da Polícia Civil, o número de feminicídios na Bahia em 2023 (01/01 até 19/11) é de 86, sendo 7,5% menor do que o número de 2022 (93). Como parte da campanha nacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Polícia Civil montou uma programação, que começou no último dia 20 e vai até 12 de dezembro, que conta com atendimento e acolhimento ao público, registros de Boletins de Ocorrência (BO’s), cumprimento de mandados judiciais, palestras, panfletagem, orientações, roda de conversas e uma corrida de rua, contra a violência doméstica e familiar, promovida pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas), na Barra, em Salvador. Correio da Bahia