Aumentou a pressão para que o senador, eleito deputado federal, saia do PSDB. Na quinta (21), a Polícia Federal fez mandados de de busca e apreensão em endereços ligados à família do tucano na 2ª fase da Operação Ross. A primeira representação pedindo a expulsão de Aécio foi protocolada na quinta na Executiva Nacional do partido pelo deputado Wherles Fernandes da Rocha e deverá seguir para o Conselho de Ética.

 

“Nós temos de preservar o PSDB, que está pagando uma conta muito alta por causa do desgaste do Aécio. Queremos que o partido se posicione: ou Aécio sai ou vamos ter uma debandada no PSDB. Mas achamos que quem tem de sair é ele, e não nós”, disse Rocha ao Estadão. O inquérito apura os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro segundo o Folhapress.

 

De acordo com a PGR, o Grupo J&F-holding controladora da JBS- teria repassado R$ 110 mil a Aécio Neves e parte do valor teria sido distribuído para 12 legendas que o apoiaram na disputa presidencial contra a ex-presidente Dilma em 2014. As investigações da PGR apontam que parte do dinheiro foi entregue em espécie a Aécio, enquanto outra parte dos repasses foi feita por transferência bancária e pelo pagamento de serviços simulados.

 

É a segunda vez neste mês que parentes dele são alvos de uma operação da polícia. A primeira foi no dia 11 de dezembro, quando a Operação Ross foi até imóveis ligados ao senador e à irmã dele, Andréa Neves, para coletar provas em mandados de busca e apreensão.

 

De acordo com a Polícia Federal, a Operação Ross esteve atrás de documentos relacionados a uma emissão de notas frias, que a PF suspeita que encobririam uma suposta propina de R$ 128 milhões paga pela JBS para o tucano de 2014 a 2017. Aécio nega todas as acusações e tem chamado os delatores de “criminosos confessos”. Em seu último discurso como senador, o tucano disse que estava vivendo dias “extremamente difíceis”. Folhapress