Uma liminar protocolada em Brasília tentou impedir o pregão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sexta-feira (12), para a compra de impressoras para as urnas eletrônicas. Protocolada pela União Nacional de Juízes Federais (Unajuf), a liminar foi negada na noite de quinta-feira (11) e o pregão acontece nesta última sexta.

 

Segundo o edital do TSE, a licitação de hoje deve “contratar a produção, o fornecimento e a garantia de 30.000 Conjuntos de Impressão de votos e Cabinas de Votação, incluindo o desenvolvimento dos respectivos firmwares e documentos técnicos”. Nesta manhã, houve um pequeno protesto com faixas na frente do tribunal contra a licitação.

 

Os manifestantes dizem que a impressão do voto “é obrigação legal, não uma concessão do TSE”. Em nota, o tribunal disse que “como o responsável pela manutenção da democracia respeita toda e qualquer manifestação popular legítima”. O questionamento da Unajuf na petição é que apenas 5% das urnas, ou 30 mil, tenham a possibilidade de impressão nas eleições deste ano segundo informações do Estadão Conteúdo.

 

impressão dos votos foi aprovada em uma lei de minirreforma política em 2015, prevista para começar no pleito deste ano. Apesar de negar a suspensão liminar da licitação, o juiz entendeu que as razões do pedido “são relevantes” e pediu mais informações para a Unajuf, que, por sua vez, disse ao Estado “comemorar a decisão”.

 

Por meio de nota, o TSE afirmou que “respeita a legislação em vigor e tem trabalhado para cumprir todas as determinações previstas em lei para a implementação do voto impresso” e ainda que “todos os seus atos obedecem a Lei da Transparência, princípios que norteia as ações do Tribunal”.