Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde foi pró-reitora de Extensão e Cultura, a primeira-dama Tatiana Velloso opinou na sexta-feira (19) sobre o resultado da consulta pública que indicou a professora Georgina Gonçalves e o atual reitor Fábio Josué, respectivamente, como reitora e vice-reitor da instituição para o quadriênio 2023-2027.

A escolha da chapa para suceder o comando da reitoria da instituição de ensino foi referendada pelo Conselho Universitário (Consuni), que, em reunião extraodinária realizada na tarde desta quinta-feira (18), elegeu os docentes para encabeçar as listas tríplices que serão enviadas ao Executivo para avaliação.

Segundo Velloso, há a expectativa de que – diferente do último processo, realizado em 2019, em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) empossou o último postulante da relação de indicados – a escolha da comunidade acadêmica seja respeitada e a dupla de docentes seja nomeada para os cargos máximos da Federal do Recôncavo.

Para ela, é válido que seja destacada a presença de Georgina Gonçalves, que já exerceu a função de vice-reitora da escola superior entre 2015 e 2019, na relação de indicados. “Ela participou de uma consulta, que foi referendada e passou pelo Conselho Universitário, então está dentro do processo legal”, salientou.

“A gente vive agora, com [o presidente] Luiz Inácio Lula da Silva [PT], o retorno da democracia e do respeito à universidade, mas especialmente [do retorno] de um projeto de sociedade em que o Estado Democrático de Direito, a defesa da ciência e da educação, das pessoas e da vida, tem uma centralidade”, pontuou Velloso.

“Sem sombra de dúvidas, teremos a nomeação da nossa reitora eleita”, projetou a primeira-dama em conversa com o Bahia Notícias. Na sua avaliação, o cenário atual é “muito diferente do que tivemos nos últimos seis anos”, marcado, de acordo com ela, por “um ataque muito feroz” contra a democracia, a universidade e a sociedade.

A ex-pró-reitora da UFRB citou, como maus exemplos das lideranças à frente do Planalto no período, outros casos em que o tradicional rito de nomeação dos nomes que lideram listas tríplices não foi seguido e situações em que “interventores” assumiram reitorias de universidades e institutos federais de ensino.

Em contraposição a estas decisões políticas, salientou Tatiana Velloso, estão a reposição orçamentária anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) no mês passado e a criação de outras políticas educacionais pelo governo Lula.

Além de Georgina Gonçalves, que lidera a listagem, foram considerados pelo Consuni para o posto de reitor(a), a professora Creuza Souza Silva e o professor Josival Santos Souza. Já para o cargo de vice-reitor(a), aparecem no quadro, além de Fábio Josué, os professores Jacson Machado Nunes e Adson Mota Rocha. O novo mandato da reitoria terá início em 1º de agosto, quando se encerrará o período da atual gestão. (BN)