Crédito: Tiago Caldas / ECBAHIA

Pela segunda vez no ano, o Bahia teve o triunfo contra o Vitória mas mãos, mas assim como no primeiro clássico da temporada, o tricolor levou a virada e perdeu por 3×2, na tarde deste domingo (31), pelo primeiro jogo da final do Campeonato Baiano.

Minutos após a derrota vexatória no Barradão, o técnico Rogério Ceni tentou explicar o que aconteceu com o Esquadrão. Na análise do treinador, o Bahia ainda não tem peças suficientes para manter o nível do meio-campo após as trocas , e o cansaço dos atletas prejudicou a atuação na segunda etapa.

“Precisávamos ter o controle do jogo e ter a posse de bola. Rifamos muito a bola, não mantivemos o nosso estilo. Faltou um pouco de capricho para manter o controle. O cansaço vai batendo no meio de campo, as trocas no meio-campo são escassas e o modelo de jogo vai mudando. Não tivemos capacidade de manter a bola e consequentemente o controle do jogo”, iniciou o treinador.

Contra o Vitória, Rogério trocou Thaciano, que fazia o papel de falso 9, por David Duarte, deixando o time com três zagueiros. Ademir, Yago e Caio Roque também foram para o jogo. As mudanças bagunçaram a parte tática do tricolor, que perdeu o controle e viu o rival ganhar terreno. Apesar da estratégia não ter dado certo, Ceni afirma que as mudanças foram treinadas.

“Foi treinado. O time não suporta jogar os 90 minutos com os quatro meio-campistas [Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro]. Não tenho as trocas para os quatro. Tem o Yago… Uma hora você tem que fazer as trocas. Hoje no banco eu tinha o Yago e o Jota. Imaginávamos que estaríamos na frente do jogo e treinamos isso ao longo da semana. Dando amplitude para Juba e Arias. Infelizmente, o miolo estava bem preenchido e tomamos os gols pelos lados”, explicou.

A derrota no primeiro jogo da final deixou o Bahia em situação complicada. Para ficar com o título, o tricolor precisará vencer por pelo menos dois gols de diferença no próximo domingo (7), na Fonte Nova. Triunfo por um gol leva a decisão para os pênaltis. O Vitória tem a vantagem de jogar pelo empate.

“Vamos precisar muito da presença do torcedor. Vai ser um jogo competitivo, dependemos do torcedor por ter um mando favorável. Vai ser um jogo dificílimo, mas vamos fazer o nosso melhor. Assim como fizemos hoje, mas nos minutos finais, as trocas são mais na frente e alguma solução no modelo de jogo. É um modelo bem treinado, um futebol prazeroso de ver, mas quando o cansaço bate, a gente sofre mais que o normal”, finalizou. Correio da Bahia