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O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Alan Sanches (União Brasil), fez declarações contundentes após a visita do secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, à Casa na manhã desta quarta-feira (20). O deputado enfatizou a necessidade de investimentos para enfrentar o crescente problema da violência no estado.

Ele observou que, apesar dos investimentos apresentados por Werner, a Bahia continua a registrar alguns dos maiores índices de violência no Brasil, levando a uma preocupação generalizada. O deputado trouxe à tona números, destacando a alocação de recursos como parte do problema.

“Essa Casa reverbera o que a sociedade questiona”, disse Sanches, à imprensa. “Foram apresentados diversos avanços [pelo secretário durante a reunião], mas por que continuamos com esses índices? O maior número de violentas do Brasil. O que está errado?”, questionou.

Sanches afirmou que em 2016, o orçamento do Estado era de R$ 28 bilhões, com um investimento em Segurança Pública de R$ 4,8 bilhões. Em 2022, com um orçamento de R$ 57 bilhões, o investimento em Segurança Pública caiu para R$ 4,7 bilhões. Isso representou uma defasagem proporcional no investimento, que passou de 17% para 8,7%, conforme explicou.

O deputado enfatizou a importância de priorizar a vida das pessoas e a necessidade de ações efetivas por parte do governo para conter a violência. Ele expressou seu reconhecimento aos homens e mulheres da polícia que arriscam suas vidas para proteger a sociedade.

Sanches também mencionou a aposentadoria de policiais como um fator que afeta o número de agentes nas ruas e enfatizou a importância de aumentar o contingente policial. “Essa é a justificativa que podemos achar. É a falta de investimento. Precisa que o líder, que o governador do estado, faça o que [seus aliados] não fizeram nesses 16 anos. Precisamos que façam o dever de cabeça, que aumentem o investimento e deem prioridade à vida das pessoas”, disse o líder da oposição.

Quanto ao apoio do governo federal, Sanches acredita que blindados, equipamentos e recursos humanos não devem ser interpretados como uma intervenção direta no estado, pois o comando continua sob a autoridade do governo estadual. No entanto, ele considera esse apoio como uma resposta necessária para oferecer à sociedade uma sensação de segurança nas ruas. Política Livre